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FedEx afirma que vai tornar neutra sua emissão de carbono até 2040

Projeto prevê modernização da frota, uso de combustíveis alternativos e melhorias nos veículos de entregas usados nas cidades


Últimos MD-10 da FedEx deverão ser aposentados até o final do ano

 A FedEx anunciou um compromisso para avançar na redução total de sua pegada de carbono até meados de 2040. A medida segue a tendência do setor aéreo em ampliar a responsabilidade ambiental e atender a crescente pressão internacional sobre as operações com aeronaves.

A meta da FedEx é ligeiramente superior ao estabelecido pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que se comprometeu a reduzir todas as emissões de dióxido de carbono em 50% dos níveis de 2005 até 2050.

A estratégia da FedEx também é superior ao anuncio da United Airlines, que quer tornar suas operações neutras em carbono até 2050, uma década depois da empresa cargueira. Além disso, a Delta Air Lines e a jetBlue também fizeram anúncios semelhantes e é provável que mais companhias aéreas sigam o caminho, à medida que o prazo imposto pela Iata se aproxima.

Para atingir o objetivo imposto a FedEx terá de investir mais de US$ 2 bilhões em três áreas: veículos elétricos, energia sustentável e redução de carbono. Alguns desses fundos devem financiar o Centro de Captura de Carbono Natural da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Os pesquisadores buscam criar métodos de redução de carbono, inicialmente com foco em ajudar a compensar as emissões de gases de efeito estufa equivalentes às atuais emissões das companhias aéreas.

Entre as alternativas está a captação de carbono na atmosfera e a transformação em combustível. A iniciativa manteria sob controle as taxas atuais, podendo ainda reduzir substancialmente a poluição atmosférica no médio prazo.

A FedEx também vai investir na pesquisa e testes de combustíveis alternativos, ainda que desde 2012 realize o Programa FedEx Fuel Sense, que promove iniciativas destinadas a reduzir o consumo de combustível em voos comerciais. A empresa diz que o programa ajudou a economizar cerca de 5 bilhões de litros de querosene de aviação e evitou 13,5 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO2).

A companhia ainda mantém os planos de modernização da frota, que conta com mais de 400 aviões em serviço, sendo 79 aeronaves das famílias MD-10, a versão modernizada do DC-10, e MD-11. O plano é aposentar esses modelos mais antigos até 2024, com exceção de alguns dos mais novos MD-11 que serão mantidos em operação para rotas de curta distância. A companhia acumula pedidos para 32 Boeing 767-300ERF e treze Boeing 777F.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 14/03/2021, às 18h00 - Atualizado às 18h40


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