A Força Aérea Brasileira negou que a imprensa teria tido acesso às informações das caixas pretas do ATR 72-500 da Voepass
A Força Aérea Brasileira informou, no fim da noite de ontem (14), que nenhum veículo de imprensa teve acesso a qualquer dado das caixas pretas do ATR 72-500 da Voepass, acidentado na última semana, em São Paulo.
O comunicado veio após uma reportagem publicada horas antes pela TV Globo, sobre supostos detalhes que teriam sido encontrados nos equipamentos que estão sob análise pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Em paralelo, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, depois de três anos, o julgamento de uma ação oriunda da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra regras de sigilo e de restrição ao compartilhamento de investigações sobre acidentes aéreos no país.
Na ocasião, o ministro Nunes Marques, relator do caso, votou pela constitucionalidade da lei que alterou o Código Brasileiro de Aeronáutica. O julgamento foi suspenso após o ministro Alexandre de Moraes ter pedido vista do processo.
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), assegura que nenhum veículo de imprensa teve acesso aos áudios, transcrições, tampouco aos dados dos gravadores de voo, popularmente conhecidos como caixas-pretas (Cockpit Voice Recorder e Flight Data Recorder) da aeronave de matrícula PS-VPB, envolvida no acidente aeronáutico em Vinhedo (SP), na última sexta-feira (09/08).
O CENIPA destaca, ainda, que segue estritamente os protocolos específicos estabelecidos pela Lei nº 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica - CBA), pelo Decreto nº 9.540/2018 e pelo Anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional, de 1944.
Por fim, a FAB reitera seu compromisso com a transparência e a seriedade na condução das investigações, bem como pelo respeito à dor dos familiares das vítimas envolvidas no acidente.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 15/08/2024, às 18h26
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