A Federal Aviation Administration (FAA) propôs um multa de quase US$ 20 milhões por conta de violações regulatórias relacionadas a sensores instalados em quase 800 unidades do Boeing 737 MAX e 737NG
Segundo a FAA, os sensores que alimentam os sistemas de orientação de arfagem fabricados pela Rockwell Collins, hoje denominado Collins Aerospace, não possuem aprovação para trabalhar no sistema de orientação do Boeing 737NG e 737MAX.
Segundo a Boeing, essa descoberta da FAA não envolve um problema de segurança, e que a fabricante cooperou junto à FAA durante as investigações. Questionada sobre a possibilidade de modificar os 737 afetados com estes sensores, a fabricante declarou que “não há problemas com as unidades físicas” e que a multa se justifica por conta da documentação das peças.
“A Boeing certificou os pedidos de certificados de aeronavegabilidade de algumas aeronaves que continham sensores que não foram aprovados” diz carta da FAA a Lynne Hopper, vice presidente de engenharia da Boeing para aviões comerciais.
A multa proposta, se aplica aos sensores que alimentam os sistemas de orientação head-up da série 4000 da Collins em 618 unidades do Boeing 737NG e sistemas 6000 em 173 unidades do 737 MAX. A Boeing ainda afirma que “a multa proposta pela FAA refere-se apenas à documentação insuficiente para a validação das peças para o sistema head-up e segundo uma análise detalhada da instalação, foi constatado que essas peças atendem ou excedem todos os requisitos originais, e que a documentação original não foi atualizada corretamente em relação às peças instaladas pelas Boeing.”
A FAA deu um prazo de 30 dias para que a Boeing desse explicações sobre o ocorrido.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 07/03/2020, às 22h00 - Atualizado às 22h50
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