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Assassino de MiG

Caça dos EUA que abateu MiG-25 recebe pintura especial

Confronto ocorreu na Guerra do Golfo quando o F-16 atingiu o MiG-25 da força aérea do Iraque


Durante voo no Iraque o F-16D abriu fogo e abateu o icônico MiG-25 da força aérea iraquiana - USAF
Durante voo no Iraque o F-16D abriu fogo e abateu o icônico MiG-25 da força aérea iraquiana - USAF

A Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf, na sigla em inglês) fez uma pintura especial em um caça F-16D Fighting Falcon que ficou conhecido como MiG Killer (o matador de MiG). O avião em questão abateu um MiG-25 Foxbat durante uma patrulha no Iraque, em 1992.

A conclusão do trabalho de pintura foi revelado em uma cerimônia no dia 17 de junho, na base aérea de Luke, Arizona.

“A aeronave atrás de você ganhou o apelido de 'MiG Killer' como resultado dos eventos que ocorreram em 27 de dezembro de 1992.” disse o 1º tenente James Mobbley, 56º oficial de vôo de fabricação EMS.

O esquema de pintura foi idealizado por doze aviadores e o processo exigiu 1.500 horas/homem para ser concluído e consumiu mais de 13 galões de tinta. O design foi inpirado nos tons de camuflagens usados durante a primeira Guerra do Golfo, que ocorreu no início da década de 1990, quando uma coalização liderada pelos Estados Unidos avançou sobre o Iraque que havia invadido o vizinho Kuwait.

O Abate

A história deste abate acontece no final de 1992, quando o F-16 (matrícula 0778), pilotado pelo coronel Gary “Nordo” North, liderava uma missão de rotina com quatro caças no Iraque.

Em um determinado momento um MiG-25 Foxbat iraquiano armado entrou na zona de exclusão aérea. De acordo com a versão norte-americana, o coronel Nordo e seus alas se encontraram em perigo por causa da presença do MiG.

"Ele finalmente ouviu 'bandido-bandido-bandido, liberado para matar' em seu fone de ouvido”, disse Mobbley. “North travou com um AIM-120 AMRAAM (Míssil Antiaéreo de Médio Alcance Avançado), disparou seu míssil e eliminou o MiG”, comentou.

Saiba mais...

Após a Operação Tempestade do Deserto, em 1991, os Estados Unidos e aliados, incluindo a Árabia Saudita, mantiveram uma zona de exclusão no espaço aéreo iraquiano. Dando início a chamada Operação Southern Watch, que durou de 26 de agosto de 1992 até 19 de março de 2003. A operação militar visava garantir, monitorar e controlar o espaço aéreo ao sul do Paralelo 32 N no Iraque.

O objetivo era garantir uma zona neutra, capaz de responder a qualquer ameaça do governo Saddam Hussein, que havia meses antes invadido o Kuwait, em uma ação unilateral. A operação foi encerrada apenas em 2003, quando os Estados Unidos, sob gestão do presidente George W. Bush, realizou uma invasão também unilateral do Iraque, que levou posteriormente a queda do governo Hussein.

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Por André Magalhães
Publicado em 04/07/2022, às 14h20


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