AERO Magazine
Busca

Provocações

EUA realizam manobra militar no Pacífico após a China duvidar do F-22

Força tarefa contou com a presença dos bombardeiros B-1, B-2 e caças F-35 e F-15


Força tarefa envolveu bombardeiros B-1B Lancer, F-15C, F-35B e forças aéreas aliadas dos Estados Unidos

A força aérea dos Estados Unidos (USAF) realizou nesta semana uma manobra militar no Pacífico envolvendo quatro B-1B Lancers, dois B-2 Spirit Stealth Bombers e quatro F-15C Eagles. O exercício teve como objetivo manter o alinhamento estratégico de Washington e seus aliados na região, além de servir como projeção de força.

A manobra ocorreu dias após o projetista-chefe do caça furtivo chinês J-20 duvidas das capacidades do F-22 Raptor, o mais poderoso caça da USAF. Ainda que já estivesse programado no calendário de missões de 2020, o comando da Força Aérea do Pacífico, órgão que gerencia as manobras militares dos Estados Unidos na região do Pacífico e oeste do Índico, demonstrou sua capacidade de pronta resposta a ameaças.

A USAF conduz rotineiramente operações da Força-Tarefa de Bombardeiros no sudeste asiático, dentro de um compromisso do governo dos Estados Unidos com seus aliados e parceiros no que considera sua área de responsabilidade Indo-Pacífico.

Ainda que não sejam parte dos cinquenta estados que compõem os Estados Unidos, uma série de ilhas formam o território norte-americano no Pacífico, o que amplia o interesse de Washington em manter sua hegemonia na região.

“Essas missões de poder aéreo simultâneas demonstraram nossa capacidade e prontidão para entregar uma ampla gama de opções proativas e escalonáveis para apoiar nossa missão de garantir a liberdade e abertura da [região] Indo-Pacífico”, comentou Ken Wilsbach, general comandante da Força Aérea do Pacífico.

A primeira demonstração de poder aéreo veio quando dois bombardeiros B-1 partiram da base aérea de Ellsworth, na Dakota do Sul e voaram para o Mar do Lestem onde se encontraram com a Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF), iniciaram uma série de missões conjuntas.

“O Koku-Jieitai tem participado de treinamentos bilaterais de forma contínua e não tenho dúvidas de que nossos esforços resultam no fortalecimento da aliança e parceria entre o Japão e os Estados Unidos”, disse o Shunji Izutsu Tenente-General da JASDF e comandante da Força Aérea Comando de defesa. “O treinamento em uma situação complexa como essa grande força de trabalho melhora não apenas as habilidades táticas, mas também a interoperabilidade e a confiança mútua”.

Ao mesmo tempo que os dois B-1 voavam dos Estados Unidos continental com destino ao Japão, outro par de bombardeiros decolou da base aérea de Andersen, em Guam, para reforçar a missão. Outros quatro F-15C Eagles estacionados em Kadena, no Japão, também seguiram para o Mar do Leste para se integrarem aos quatro B-1, que já faziam parte do grupo liderado pelo porta-aviões USS Ronald Reagan, da marinha norte-americana. A força tarefa conjunta ainda contou com os caças de quinta geração F -35B atribuídos à Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais em Iwakuni, e os caças F-15J do JASDF para conduzir uma das maiores missões realizadas em 2020.

"O treinamento integrado de ponta com nossos colegas da USAF aumenta nossa capacidade de responder a qualquer contingência e enfrentar qualquer desafio", disse George Wikoff, o contra-almirante da US Navy e comandante do Ronald Reagan Carrier Strike Group. "A integração conjunta dos EUA demonstra nosso compromisso inabalável com os acordos regionais de defesa com nossos aliados e parceiros".

Finalmente, enquanto a integração e o treinamento estavam acontecendo no Mar do Leste, dois bombardeiros B-2 Spirit que estavam estacionados na base aérea de Diego Garcia, no Índico, entregaram suas próprias capacidades furtivas ao exercício combinado.

  • Receba as notícias de AERO diretamente no Telegram clicando aqui

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 21/08/2020, às 18h00 - Atualizado às 18h59


Mais Notícias