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Empresas de todo mundo planejam aposentadoria do A380

Pandemia da Covid-19 forçou replanejamento de frota e a opção por aeronaves extremamente eficientes em todas as rotas


Air France tinha planos para retirar o A380 de serviço em meados de 2022, mas deverá antecipar o processo

O Airbus A380 que levantava dúvidas sobre seu futuro ao longo da próxima década, diante das inovações de aeronaves bimotoras mais eficiente e com menor custo, encontrou seu maior algoz no novo coronavírus.

A crise da Covid-19 trouxe não só severos danos para a indústria da aviação, como a drástica mudança nos planos de frota das companhias aéreas de todo o mundo. Modelos de aeronaves antes considerados viáveis se mostraram onerosos em questão de semanas, obrigando um complexo replanejamento por parte das companhias aéreas, incluindo a antecipação do processo de retirada de aeronaves consideradas pouco rentáveis dentro do cenário atual.

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O A380 tem se tornado uma aeronave inviável para grande parte de seus operadores, que anteciparam a aposentadoria do Super Jumbo. A Air France que já estava em fase inicial de retirada de serviço do modelo confirmou que vai antecipar a aposentadoria do modelo outrora orgulho da frota.

Inicialmente, o processo de retirada dos nove A380 da empresa francesa estava programado para ocorrer de maneira gradual até o final de 2022. Antes mesmo da Covid-19 se tornar um problema global a Air France já havia retirado de serviço os primeiros aviões.

Emirates possui 115 unidades do A380 em serviço, mas poderá aposentar até 40% da frota por conta da pandemia

Recentemente a Emirates passou a estudar a aposentadoria precoce de até 40% de sua enorme frota de A380, que conta com 115 aviões, além de trabalhar para cancelar cinco das últimas oito aeronaves encomendadas.

A Singapoe e Qantas, as pioneiras no uso do Super Jumbo, também estudam antecipar a retirada de serviço dos aviões, substituindo-os por aeronaves bimotoras mais eficientes. Ainda que o A380 ofereça uma cabine sem igual, em capacidade e flexibilidade de arranjo interno, o avião se tornou oneroso na maior parte das rotas.

Mesmo com a retirada dos quadrimotores, a Air France prevê um impacto de € 500 milhões de nas finanças do segundo trimestre deste ano, forçando a empresa simplificar a frota e optando por modelos mais eficientes como os Airbus A350 e o Boeing 787.

ANA se tornou a última empresa a receber o A380, mas aeronave é dedicada aos voos para o Havaí

A All Nippon Airways (ANA) se tornou a última empresa a receber o A380, que antes da pandemia voavam entre o Japão e o Havaí. O estado norte-americano é um popular destino turístico para o público japonês, justificando o uso de uma aeronave de grande capacidade e dedicada exclusivamente a rota.

Antes mesmo da pandemia da Covid-19, o A380 caminhava para ser um dos raros casos de aviões que não tiveram uma nova oportunidade no mercado de usados, com a maioria das aeronaves sendo desmontadas com poucos anos de uso.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 22/05/2020, às 15h30 - Atualizado às 17h27


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