Uma empresa chinesa de leasing pagou R$ 2,8 milhões para retirar um Airbus A320 da Aeroflot que estava há dois anos na Alemanha
Um Airbus A320-200 da Aeroflot que estava retido no aeroporto internacional de Munique (MUC), na Alemanha, desde fevereiro de 2022, deixou o local após uma empresa chinesa de arrendamento de aeronaves pagar 460 mil euros, aproximadamente R$ 2,8 milhões, em taxas aeroportuárias.
O caso aconteceu em junho e foi divulgado ontem (8) pelo jornal alemão Bild. O avião de matrícula VP-BET estava impedido de voltar à Rússia devido ao fechamento do espaço aéreo local às companhias aéreas russas, em resposta à invasão da Ucrânia por forças russas. Antes de deixar MUC, o avião passou por manutenção para que ele voltasse a ter condições de voar e ainda teve que passar pelo crivo de autoridades locais, a fim de obter um novo certificado de aeronavegabilidade.
Agora, a unidade, com capacidade para receber até 158 passageiros, será disponibilizado para outra companhia aérea.
€460,000 for parking an Aeroflot plane in Munich, — Bild
— The Tibetan (@TheTib3tan) November 9, 2024
It stood at the airport for more than two years, since after the start of the war in Ukraine, Germany closed its airspace to Russian planes. Parking the plane cost the Russian Federation from €340 to €560 per day. pic.twitter.com/99LbkJNFde
O fechamento do espaço aéreo alemão e de outros países ocidentais para companhias aéreas russas, como a Aeroflot, faz parte das sanções contra a Rússia. Em resposta, o governo russo também proibiu a operação de companhias aéreas ocidentais em seu território.
Essa restrição tem causado impacto em voos de longa distância, especialmente em rotas entre a América do Norte e a China, que agora precisam de rotas alternativas. Apesar das sanções, a Rússia tem conseguido manter sua frota de aeronaves Boeing e Airbus em operação, mesmo sem acesso a peças de reposição e serviços de manutenção oficiais.
До свидания!
— Frank (@ziwg408) June 11, 2024
Bon voyage!#Aeroflot#Airbus#A320 VP-BET left #Munich Airport MUC EDDM https://t.co/VPZ1Qie84Gpic.twitter.com/JQxlw2QQ5X
Como alternativa, o país está buscando reativar sua indústria aeronáutica doméstica, mas enfrenta desafios para substituir componentes e motores ocidentais por peças fabricadas internamente. Essa substituição tem impactado o desempenho de novos modelos, como o MC-21, que está aproximadamente seis toneladas mais pesado, com alcance e eficiência reduzidos.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 09/11/2024, às 10h59
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