Flybondi espera que o mercado sul-americano apresente melhora já no próximo ano
Flybondi foi forçada a rever planejamento da frota e cortar salários após crise criada pela covid-19
Mesmo com capacidade operacional reduzida, Flybondi vê 2021 com otimismo. Companhia argentina com foco no mercado de baixo custo irá operar com número reduzido de aeronaves e aplicará cortes nos salários dos funcionários.
Após a grave crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, a empresa espera uma gradual retomada da demanda a partir do próximo ano. A Flybondi vinha registrando uma constante expansão das suas operações na América do Sul, em pouco mais de dois anos de operações, mas viu na covid-19 seu maior desafio.
Com praticamente uma paralisação completa dos voos internacionais adotada pelo governo argentino, a companhia registrou uma vertiginosa queda na demanda de passageiros. A frota, que contava com cinco Boeing 737-800 foi rapidamente reduzida para apenas três unidades, além da companhia adiar o recebimento de outros quatro aviões.
Uma das principais medidas de contenção de gastos foi a renegociação com os funcionários, revendo salários com o compromisso de não demitir nenhum empregado até setembro. Parte do acordo se deu por conta da legislação trabalhista argentina.
Além dos problemas de caixa, a Flybondi ainda corre o risco de perder a sua base Buenos Aires, no aeroporto El Palomar, que apesar de ser uma base militar, opera voos civis desde 2018. Segundo a imprensa argentina, o governo avalia fechar definitivamente o aeroporto, o que representaria um grande revés para a companhia, que terá de transferir suas operações para o aeroporto de Ezeiza, que dispõem de tarifas mais caras e maiores restrições de horários.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 05/08/2020, às 17h00 - Atualizado às 17h29
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