Prejuízo das companhias aéreas foi menor do que em 2020, mas a alta nos custos preocupa
O relatório econômico das três principais empresas aéreas brasileiras, divulgado hoje (29) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostra que elas tiveram prejuízo líquido de R$ 4,4 bilhões no 4º trimestre de 2021. No mesmo período do ano anterior, o resultado foi de R$ 678 milhões.
No acumulado do ano, o prejuízo líquido acumulado foi de R$ 15,2 bilhões, o que representa um percentual 25,3% menor na comparação com os dados apurados no mesmo período de 2020, quando a soma do ano ficou em R$ 20,3 bilhões.
A Gol Linhas Aéreas foi a única a apresentar lucro bruto negativo no último trimestre de 2021, no valor de R$ 957,6 milhões. A Azul Linhas Aéreas obteve lucro bruto de R$ 918 milhões, e a Latam Airlines, de R$ 759 milhões.
As receitas de serviços aéreos das três companhias aumentaram 116,2% em relação ao 4º trimestre de 2020. Por outro lado, os custos e despesas operacionais aumentaram 98,2%. A receita de passagens aumentou 127,4% e representou 82,36% do total das receitas de serviços aéreos. As receitas com cargas e Mala Postal, por sua vez, aumentaram em 14,39% e representaram 5,74% do total. Entre os custos e as despesas, o maior valor verificado no 4º trimestre foi referente ao de combustíveis e lubrificantes (29,1%), seguido de seguros, arrendamentos e manutenção (24,4%) e custo com pessoal (11,5%).
Segundo a Anac, os resultados aferidos no relatório econômico das companhias mostram que o setor aéreo permaneceu sob forte impacto da pandemia de covid-19. No 4º trimestre de 2021, a taxa de câmbio foi 3,4% maior em relação ao mesmo período de 2020. O preço do combustível de aviação (QAV) também apresentou variação positiva. O aumento foi de 82,5% na média trimestral. Os combustíveis e lubrificantes representaram 30% dos custos dos serviços aéreos públicos.
Marcel Cardoso
Publicado em 29/06/2022, às 18h25
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