FAA diz que a certificação do Boeing 737 MAX pode não sair este ano, por problemas com cronograma
A Boeing pode não receber a certificação operacional do 737 MAX 10 em 2022. É o que a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos disse ao fabricante em uma carta enviada pelo gerente interino do órgão, na segunda-feira (21), segundo a agência Reuters.
Isto significa que os voos com passageiros com a versão mais alongada do modelo podem não sair do papel até 31 de dezembro, prazo de segurança dado pelo Congresso norte-americano para que um cronograma robusto para a obtenção do documento seja apresentado.
"Estamos trabalhando para fornecer a documentação oficial de pontos específicos dentro do programa de certificação, de acordo com o pedido da FAA", limitou-se a dizer o fabricante, em nota. Uma das companhias aéreas com pedidos ativos da nova versão é a Gol Linhas Aéreas, que, segundo a previsão mais recente, tinha a possibilidade de receber as primeiras unidades no próximo ano.
Este é o segundo revés que a Boeing teve em uma segunda-feira trágica para a empresa, que começou com o acidente envolvendo um 737-800 (B-1791) da China Eastern Airlines, vitimando 132 pessoas no país asiático, culminando com a decisão da companhia aérea de suspender as operações de dezenas de aeronaves, para que elas passem por uma espécie de ‘pente fino’ para encontrar possíveis indícios de falhas de manutenção.
Marcel Cardoso
Publicado em 25/03/2022, às 06h05
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