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Vamos trocar?

Brasil pode trocar aviões com Honduras

Em termos financeiros FAB sai com saldo negativo de R$ 30 milhões


O Congresso de Honduras aprovou o projeto para trocar de aeronaves com o Brasil. Segundo o acordo, o país centro-americano enviará ao Brasil dois Cessna 208 Grand Caravan, em uso pela Fuerza Aérea Hondureña (FAH) em troca de um Lockheed C-130 Hercules, cinco helicópteros Bell UH-1H, além de um lote de peças sobressalentes, motores e equipamento de combate à incêndios.

Atualmente a FAH possui três Grand Caravan, doadas pelos Estados Unidos, em 2015. As aeronaves foram empregadas em missões de reconhecimento e transporte, contando com poucas horas de voo. Todavia, a força aérea do país não dispõe de aeronaves de transporte de maior capacidade, o que levou a proposta de troca com o Brasil, que deverá desativar gradualmente sua frota de C-130 que serão substituídos pelos Embraer KC-390. O Brasil aposentou em 2018, sua frota de UH-1H, que estão estocados.

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O valor de mercado estimado para os Cessna Grand Caravan novos, é de aproximadamente US$ 2,5 milhões, enquanto um C-130H, similar ao utilizado pela Força Aérea Brasileira, tem valor médio de R$ 30 milhões e os helicópteros UH-1H tem preço médio de R$ 900 mil.

Ainda que bastante favorável aos hondurenhos, o acordo de troca deverá ser aprovado pelos Estados Unidos, que doaram os Grand Caravans para o país.

Honduras vem buscando estreitar os laços militares com o Brasil, visto como um parceiro acessível para compra e manutenção de armas. Após os Estados Unidos não permitir o país de realizar a manutenção de seus veteranos caças F-5, Tegucigalpa passou a cotejar o Brasil como parceiro. Na ocasião, o então presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, afirmou que o Brasil era uma opção real para fortalecer a força aérea hondurenha. “O Brasil é uma opção real para nos ajudar a reequipar a força aérea hondurenha”, disse o presidente Hernández, em comunicado oficial da Casa Presidencial. “[o Brasil] nos dá a capacidade de atuar em certas aéreas nas quais com outros países não podemos”.

Desde então os dois países mantêm conversas em diversas áreas de colaboração militar. A aprovação da troca ainda deve ser aprovada no Brasil e Estados Unidos.

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Por Edmundo Ubiratan | Fotos: Divulgação
Publicado em 06/06/2019, às 18h00 - Atualizado em 07/06/2019, às 14h23


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