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Gigante privativo

Boeing vende seu último avião VIP que custa mais de US$ 1 bilhão

Interior do 747-8I tem mais de 450 metros quadrados de área útil e permite instalação até de um cinema


A Boeing negociou a venda do último 747-8i VIP, selando o fim das vendas do maior avião executivo do mundo. O avião dependendo da configuração interna escolhida pode passar de US$ 1 bilhão (R$ 5,48 bilhões). Por várias décadas o 747 foi o maior avião certificado para voos executivos disponível no mercado.

A aeronave básica é derivada do modelo de transporte de passageiros, que é vendida pela Boeing sem o interior VIP. O comprador pode escolher um fornecedor para concluir a montagem da parte interna, assim como o layout que será adotado na ampla cabine com mais de 450 m² de área útil.

Um dos 747-8I adaptados para voos VVIP (Very Very Important Person), ou seja, focado no mercado de pessoas realmente importantes, como Chefe de Estado ou empresários bilionários, custou mais de US$ 1 bilhão para ser convertido. A unidade em especial recebeu um elevador ventral, que permite embarcar sem utilizar as portas principais e evitam o embarque através de uma escada adaptada próxima ao porão de cargas, como o Air Force One, dos Estados Unidos.

Aliás, o 747 normalmente é escolhido como aeronave oficial para transporte de Chefe de Estado, embora existam alguns utilizados por bilionários, especialmente do Oriente Médio. O 747-8I será também o novo Air Force One (VC-25B). O avião está passando por um complexo processo de adaptação e atualização de sistemas para ser incorporado a frota presidencial norte-americana.

Ainda que a versão VIP não sofra um processo tão intenso de conversão, em relação aos aviões do presidente dos Estados Unidos, a instalação do novo interior deverá levar em média um ano. Entre as opções de configuração interna estão suíte máster, hidromassagem, e até mesmo sala de cinema.

De acordo com o fabricante norte-americano, esta última unidade do 747-8i BBJ não foi produzida recentemente. Provavelmente o avião era o vigésimo encomendados pela empresa alemã Lufthansa, mas que não foi entregue e esteve por vários anos estocado no deserto de Mojave, onde passava por inspeções periódicas para manter sua capacidade de entrar imediatamente em serviço.

As imagens publicadas em diversas redes sociais chamam a atenção o uso de uma pintura parcial da Lufthansa, que foi aplicada enquanto o avião estava sendo construído. Com a venda como avião VIP, a pintura externa será substituída, provavelmente adotando um padrão mais discreto.

A família 747-8 conta com apenas treze pedidos finais, sendo os últimos quatro cargueiros recém-encomendados pela Atlas Air.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 19/03/2021, às 16h00 - Atualizado às 16h32


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