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Boeing tenta reverter processo de US$ 1 bilhão movido pela Norwegian

Empresa aérea exige indenização após sua frota de 737 MAX ficar impedida de operar desde março de 2019


Boeing 737 MAX da Norwegian Air

Norwegian alega que parte de seus problemas foi ocasionado pela paralisação da frota de 737 MAX

A Boeing tenta anular uma ação avaliada em US$ 1 bilhão da Norwegian Air Shuttle referente aos problemas ocasionados para suspensão dos voos da família 737 MAX. A companhia aérea norueguesa era uma das principais clientes do modelo, que havia sido escolhido para permitir a ampliação da malha e viabilizar novos voos.

O movimento da Boeing ocorre dias depois da justiça da Irlanda conceder proteção ao grupo Norwegian contra ações de seus credores. A empresa enfrenta uma grave crise financeira, agravada após o governo da Noruega negar um novo socorro emergencial para permitir a manutenção do caixa e das obrigações de curto prazo.

A Norwegian Air Shuttle, principal empresa do grupo, entrou com uma ação contra a Boeing alegando que a paralisação da frota, que contava com três 737 MAX 8 na Norwegian, treze na Norwegian Air Sweden e outros dois na Norwegian Air International, foi uma das principais causas da crise iniciada antes mesmo da pandemia.

A Norwegian cancelou unilateralmente o pedido para outros 92 aviões da família 737 MAX, além de exigir uma indenização de US$ 1 bilhão em decorrência das perdas geradas pelos problemas da proibição dos voos. A empresa aérea alega que a Boeing cometeu uma série de violações contratuais que superam o valor pretendido.

O fabricante por sua vez tenta anular a ação que foi acatada em um tribunal de Cook, em Illinois, região administrativa onde está Chicago, cidade sede da Boeing. A intenção é aproveitar os pedidos de credores contra a Norwegian para conseguir reverter ao menos parte do processo. A expectativa é que o tribunal analise o caso no dia 15 de dezembro, oito dias após o Tribunal de Dublin, na Irlanda, avaliar o pedido de proteção judicial da Norwegian contra seus principais credores.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 25/11/2020, às 15h00 - Atualizado às 16h54


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