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Mundo verde

Aviação necessita de reviravolta tecnológica em questões ambientais

Para atingir metas de sustentabilidade até 2050 setor deverá se unir em torno de objetivo comum


Boeing 787 ecodemonstrator

Empresas aéreas, fabricantes de aviões e de motores trabalham para avançar em eficiência no consumo e emissões

Sustentabilidade no setor aéreo se tornou um tema central para diversos governos e entidades ambientais. Na Europa existe uma pressão constante para redução das emissões de poluentes geradas pela operação aérea, dos aviões até a energia elétrica utilizada nos totens de autoatendimento.

Ao longo de 2019, um dos anos de maior movimento na história da aviação, o setor foi responsável por cerca de 2% das emissões globais de gases de efeito estufa. Projeções atuais sugerem que se não houver mudanças significativas no curto prazo essa participação chegará a 20% em apenas três décadas.

Um levantamento global feito pela consultoria norte-americana Boston Consulting Group (BCG) mostra que a aviação comercial estabeleceu metas agressivas para a redução das emissões de gases de efeito estufa até 2050, mas ainda está longe de alcançá-las.

De acordo com o estudo, apesar do surgimento de uma série de novas tecnologias e legislações específicas por parte dos governos ainda é necessário adotar medidas mais realistas que envolvam fabricantes de aviões e motores, assim como fornecedores e demais empresas do setor aeroespacial.

O setor estabeleceu metas de descarbonização de longo prazo, incluindo uma redução de 50% nas emissões líquidas até 2050, em comparação com os níveis de 2005, mas até agora, o progresso foi limitado.

O desenvolvimento de tecnologias mais avançadas, especialmente de propulsão, pode gerar ganhos significativos de eficiência e redução das emissões. Contudo, a maturidade e potencial concreto de redução dos gases de efeito estufa ainda variam bastante.

O desafio atual é determinar a melhor forma de sincronizar os investimentos nas várias tecnologias inovadoras. Outro problema, especialmente em uma época de baixa demanda e grandes prejuízos, é acelerar os programas de substituição de frota nas companhias aéreas, processo que pode levar de 10 até 15 anos para ser concluído.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 17/03/2021, às 14h00 - Atualizado às 15h12


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