Por problemas na cadeia de suprimentos, a aviação dos EUA pede mais tempo para se adaptar ao 5G
Companhias aéreas dos Estados Unidos podem não cumprir os prazos para adaptarem a frota para evitar interferências das frequências dos altímetros dos aviões com a da telefonia móvel 5G.
As aeronaves que fazem voos regionais têm até dezembro para fazerem as adequações necessárias, enquanto as demais, que fazem voos de maior capacidade, até julho de 2023. Uma carta assinada por uma associação de companhias aéreas (equivalente à Abear no Brasil), sindicatos do setor aéreo, além da Embraer, Boeing, e Airbus, pede que os prazos sejam estendidos até o fim do próximo ano, por problemas na cadeia de suprimentos.
O documento foi enviado para a Casa Branca e ratifica um clamor já feito previamente pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA). Ele cita que, desde janeiro, foram registrados mais de uma centena de incidentes relacionados à interferência com o 5G.
Em julho, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no Brasil, definiram requisitos operacionais de uso da faixa de frequências entre 3.300 MHz e 3.700 MHz, para que não haja interferências operacionais entre sistemas 5G em banda C.
Consultada por AERO Magazine, a Gol Linhas Aéreas afirmou que "tem monitorado os voos após a implantação do 5G no Brasil e nenhuma interferência foi reportada até o momento nos equipamentos da companhia". A Latam Airlines informou que "não registrou qualquer interferência do 5G em aeronaves da companhia". A Azul Linhas Aéreas não se manifestou.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 16/11/2022, às 17h43 - Atualizado em 22/11/2022, às 11h10
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