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Batalha dos turbo-hélices

ATR poderá lançar novo avião nos próximos três meses

Projeto prevê atualização da família atual, mas não descarta no futuro um projeto totalmente novo


ATR aposta na boa aceitação da plataforma atual e aguarda definição de novos motores e combustíveis - Divulgação
ATR aposta na boa aceitação da plataforma atual e aguarda definição de novos motores e combustíveis - Divulgação

A ATR deverá revelar um novo turbo-hélice regional no intervalo de até três meses. O fabricante europeu avalia uma versão aprimorada dos atuais modelos ATR 72, que pode receber novos motores e refinamentos aerodinâmicos, além de atualizações no interior e no cockpit.

Todavia, o ATR não se comprometeu em avaliar um projeto completamente novo (clean-sheet), visto os elevados custos de desenvolvimento e a incerteza com o futuro do mercado.

“Estamos estudando diferentes alternativas e, juntamente com nossos acionistas, anunciaremos o próximo passo quando isso for alcançável com um cronograma sólido o suficiente para ser divulgado ao público”, disse Stefano Bortoli, executivo chefe da ATR, durante apresentação dos resultados de 2021.

Atualmente o fabricante busca tornar seus aviões mais responsáveis ambientalmente, com foco na descarbonização do setor, algo considerado fundamental nos mercados europeus. Uma das iniciativas é a adoção do novo motor Ptarr & Whitney Canada PW127XT, que oferecerá uma economia de até 3% no consumo de combustível. Além disso, prevê ainda avançar ao longo dos próximos meses para certificar a família ATR 42 e ATR 72 para operação apenas com combustível renovável de aviação (SAF, na sigla em inglês).

Ainda que tenha afirmado trabalhar em um lançamento para o curto prazo, Bortoli não detalhou o que deverá ser anunciado e nem uma data. “É algo para comunicar nos próximos dois a três meses”, disse.

A ATR ainda confirmou que, por ora, não existe planos de um avião completamente novo. Entre as justificativas está a boa aceitação dos modelos atuais no mercado, somado a incertezas sobre o futuro do transporte aéreo. Existem questões quanto aos combustíveis e propulsão em aberto, mas que devem ditar o futuro dos projetos no médio prazo.

“Continuaremos a ouvir nossos clientes e, se e quando eles solicitarem um produto totalmente novo, responderemos a essa necessidade”, completou Bortoli.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 14/02/2022, às 17h00


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