Mudança atenderá exclusivamente voos executivos na capital paulista
Aviação de negócios poderá operar voos internacionais a partir do aeroporto de Congonhas
O aeroporto de Congonhas (CGH), em São Paulo, deverá retomar suas operações internacionais nos próximos meses. Porém, a mudança será exclusivamente para voos executivos, não incluindo a aviação comercial.
O aeroporto está passando por obras, com previsão de serem concluídas em outubro, de modo a se adaptar para receber voos executivos internacionais. O objetivo é aproveitar a localização central do terminal, favorecendo assim deslocamentos de empresários e pessoas de negócios, ampliando a competitividade da região metropolitana de São Paulo.
As intervenções começaram no início do mês e estão sendo investidos R$ 2,5 milhões, procedentes do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac). O novo terminal internacional terá instalações da Polícia Federal, da alfândega da Receita Federal, da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Congonhas não recebe mais voos regulares de outros países há mais de três décadas, desde a inauguração do aeroporto internacional de São Paulo (GRU), em Guarulhos. Porém, a distância do aeroporto internacional com a região central da capital é um ponto contra a cidade, exigindo transferência por helicópteros ou enfrentando longos períodos de deslocamento terrestre. Cidades como Londres, na Inglaterra, conta com um aeroporto central internacional, visando atender a demanda de executivos.
Há a expectativa que, após a nova rodada de concessões de aeroportos, em 2022, Congonhas passe ter voos para o Aeroparque (AEP), em Buenos Aires, através de um acordo de céus abertos. Aliás, o aeroporto paulistano, ao lado do Santos Dumont, no Rio de Janeiro, são os mais valiosos ativos da Infraero, que deverá ser encerrada após a perda de seus dois mais rentáveis terminais.
Marcel Cardoso
Publicado em 23/06/2021, às 09h30 - Atualizado em 24/06/2021, às 02h14
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