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Widebodies em alta

Aviões de grande porte voltam a operar em rotas internas nos EUA

Restrições de voos internacionais impulsionam uso de widebodies em voos domésticos


Boeing 777-300ER da American Airlines

Ao longo dos anos 1970 e 1980 os aviões de fuselagem larga eram amplamente utilizados em voos domésticos nos EUA

Com as persistentes restrições para viagens internacionais e a existência de restrições para entrada de estrangeiros nos Estados Unidos, as aeronaves de fuselagem larga (widebodies) retomaram seu protagonismo em voos domésticos.

A American Airlines passou a ampliar o uso de sua frota de Boeing 777 e 787 em operações domésticas, em complemento aos voos internacionais de carga. Parte dos mais de cem aviões de grande porte da companhia está sendo alocada em destinos com alta demanda, como como Orlando (MCO), Miami (MIA), ambos destinos bastante populares na Flórida e Honolulu (HNL), no Havaí.

Segundo a companhia, dos 6.001 serviços de passageiros previstos para julho, quase a metade serão domésticos, incluindo a adição de sete voos semanais de Miami e Chicago (ORD) para Las Vegas (LAS), a cidade do entretenimento adulto espera retomar os mesmos níveis de turismo existentes antes da crise sanitária.

A American ainda prevê sete voos semanais de Orlando para Filadélfia (PHL). Além disso, 175 voos cargueiros internacionais estão previstos para o mês que vem. 

Porém, ainda que as rotas destacadas tenham elevada demanda, o maior motivo para utilizar os Boeing 777 e 787 é a necessidade de manter as tripulações aptas a voar as aeronaves. Os pilotos devem cumprir um número mínimo de horas de voos para manter suas licenças válidas. Caso contrário, é necessário que os pilotos realizem seções de simulador, que além de onerosas ainda esbarra na provável maior demanda de reciclagem de licenças, visto que diversos aviadores estão sem voar há vários meses e terão que passar por instrução adicional.

Por outro lado, a falta de pilotos causou atrasos e cancelamentos de diversos voos nos Estados Unidos, incluindo da American Airlines, em especial com 737 MAX, justamente conta do processo de reciclagem que estes profissionais ainda estão realizando antes de voltarem a trabalhar.

A demanda por pilotos nos Estados Unidos deverá aumentar consideravelmente nos próximos meses. Com a retomada das atividade econômica, reabertura de fronteiras e ampliação dos voos, as empresas esperam recontratar tripulantes desligados no ano passado, assim como novos profissionais ingressantes no mercado. A Delta Air Lines anunciou que poderá abrir até mil vagas para pilotos em 2022.

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Marcel Cardoso
Publicado em 23/06/2021, às 12h20 - Atualizado às 15h26


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