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Rússia admite ter derrubado avião da Embraer no Cazaquistão

Vladimir Putin admitiu que defesas aéreas russas derrubaram um Embraer E190 da Azerbaijan Airlines em dezembro de 2024


Acidente E190 Cazaquistão
Putin reconhece uso de míssil Pantsir-S contra Embraer E190 da Azerbaijan Airlines e promete indenização às famílias das vítimas - Reprodução/Redes Sociais

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu pela primeira vez que sistemas de defesa aérea russos derrubaram um Embraer E190 da Azerbaijan Airlines em 25 de dezembro de 2024.

A aeronave de matrícula 4K-AZ65, que estava em operação desde julho de 2013, seguia de Baku, no Azerbaijão, para Grozny, na Rússia, quando foi atingido por um míssil Pantsir-S sobre Aktau, no Cazaquistão. O acidente resultou em 38 mortos e 29 sobreviventes, estes creditados ao esforço da tripulação, que não resistiu aos ferimentos.

Contexto técnico e operacional

Investigações apontam que a aeronave teve o GPS bloqueado por interferência eletrônica e não recebeu autorização para pousar em território russo após o impacto. Autoridades do Azerbaijão já afirmavam que o míssil foi disparado durante operações de drones militares na região do Cáucaso Norte.

Reações diplomáticas e disputas jurídicas

A admissão de responsabilidade ocorreu em Dushanbe, durante encontro entre Putin e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev. O líder russo comprometeu-se a indenizar as famílias das vítimas.

Desde o início deste ano, o governo do Azerbaijão acusava Moscou de tentar silenciar o caso e, em julho, anunciou a intenção de acionar cortes internacionais. Até então, o Kremlin havia classificado o episódio como um “incidente trágico”, sem assumir participação direta.

A Azerbaijan Airlines possui atualmente sete E190 em sua frota, entregues entre os anos de 2013 e 2018. No Brasil, algumas unidades do modelo estão em operação pela Azul Linhas Aéreas.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 10/10/2025, às 13h57


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