Boeing fecha centenas de novos pedidos, mas defeito de qualidade do 737 MAX reduziu entregas em setembro
Em meio a corrida das companhias aéreas por novos aviões, a Boeing fechou vendas significativas em setembro, embora defeitos na qualidade de produção de seus principais produtos reduziram as entregas no mês.
Em seu relatório mensal, a Boeing diz que obteve 214 novos pedidos, incluindo o contrato com a Ryanair para 150 737 MAX anunciado em maio, mas finalizado em setembro, e a recente encomenda da United Airlines que consiste em 50 unidades do 787-9 Dreamliner.
As vendas da norte-americana no período superaram a rival Airbus que contabilizou apenas 23 novos pedidos. A carteira de pedidos no ano acumula compromisso para 848 novos aviões.
Mas o defeito de qualidade na fuselagem do 737 MAX tem atrapalhado o ritmo de produção e consequentemente as entregas.
O problema na antepara traseira do jato de fuselagem estreita é o mais recente desafio da empresa para atingir a meta de entrega de 400 a 450 unidades de seu principal produto em 2023.
Em setembro, a empresa entregou 27 aviões, sendo 15 737 MAX, dois 777-200F, um 787-8, seis 787-9 e três 787-10. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a Boeing contabiliza 371 novos aviões.
O nível de entregas da Boeing ficou abaixo das 55 aeronaves registradas pela Airbus. Embora enfrente problemas em sua produção a empresa europeia tem mantido certa regularidade na manufatura de seus aviões, e espera atingir a meta de 720 entregas.
De acordo com Brian West, chefe financeiro (CFO) da Boeing, devido a falha no MAX, espera-se que o fluxo de caixa livre consolidado seja ligeiramente negativo no trimestre, mas a orientação para o ano inteiro de US$ 3 a US$ 5 bilhões deverá ser alcançada.
Os resultados do trimestre encerrado em setembro, serão divulgados no próximo dia 25 de outubro.
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Por Wesley Lichmann
Publicado em 10/10/2023, às 13h10
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