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Aposentadoria: Último Airbus A340 da SAS voa para base da segunda guerra

Empresa escandinava irá substituir veterano quadrijato pelos eficientes A350


Airbus A340 da SAS

Considerado pouco econômico e já antiquado, o A340 teve sua carreira abreviada com a pandemia

O último A340-300 na frota da Scandinavian Airlines System (SAS) está com os dias contados na empresa aérea. Batizado de “Astrid Viking” o derradeiro modelo da frota realizará o voo final rumo a aposentadoria na próxima terça-feira, 1 de dezembro.

A retirada de serviço do icônico quadrijato marca o fim de quase duas décadas em serviço pela companhia escandinava. O A340 foi o principal avião de longo curso da SAS por vários anos, atendendo mercados estratégicos.

O Airbus A340-300, de matrícula OY-KBM, além de operar pela SAS foi por algum tempo arrendo para companhias especializadas em voos fretados como a Hily e Adagold Aviation, retornando posteriormente a operadora escandinava.

Último Airbus A340 da SAS

Último A340 será sucateado após sua retirada de serviço

Com a expectativa do último voo marcado para 1º de dezembro, a aeronave realizará um voo com pouco mais de 11 horas entre Copenhague (CPH) e o aeroporto internacional de Tucson (TUS), localizado no estado do Arizona, nos Estados Unidos. Na sequência o avião será desmobilizado, seguindo até o Pinal Airpark (MZJ), antiga base de treinamento da Segunda Guerra e que atualmente é utilizado para estocar aeronaves aposentadas, especialmente modelos que nunca mais voltarão a operar, com o caso do Astrid Viking que será desmontado e suas peças comercializadas no mercado de componentes remanufaturados.

Com menor espaço nos últimos anos, o Airbus A340 se juntou ao desventurado clube de aeronaves quadrimotoras que estão saindo de cena por não se adequarem ao mercado atual. Parte dos problemas são relacionados ao elevado custo operacional, além da idade avançada. O advento de novas aeronaves bimotoras, com aerodinâmica avançada e motores mais eficientes, com economia de combustível que em alguns casos supera os 10%, encerrou o ciclo de diversos quadrimotores, incluindo o moderno A380 e o já veterano Boeing 747-400.

A SAS passou a operar com o moderno A350-900, que assim como em outras empresas se tornou o modelo padrão, substituindo aeronaves quadrimotoras ou versões antigas do A330 e Boeing 777.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 27/11/2020, às 14h00 - Atualizado em 30/11/2020, às 19h16


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