Ucrânia recebeu armamentos dos Estados Unidos e do Reino Unido, potencial ajuda norte-americana é discutida
Holanda é um dos mais recentes países que está operando o caça furtivo F-35A | Foto: Força Aérea Holandesa
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) está enviado mais aeronaves militares e navios para o leste europeu como resposta ao aumento das tensões entre a Ucrânia e a Rússia.
De acordo com nota oficial da aliaça militar, alguns países estão descolocando seus meios para outras regiões também no entorno do provável cenário de conflito. A Dinamarca enviou uma fragata para o Mar Báltico, além disso mandou para a Lituânia quatro caças F-16 em apoio a tradicional missão de policiamento aéreo da Otan.
"Saúdo os Aliados que contribuem com forças adicionais para a OTAN. A organização continuará a tomar todas as medidas necessárias para proteger e defender todos os Aliados, inclusive reforçando a parte oriental da aliança”, disse Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan.
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Outro país que está movimentando navios e aviões é a Espanha. O país está operando alguns caças na Bulgária, por exemplo.
Um destaque vai para a Holanda, que em abril vai enviar dois caças de quinta geração F-35A também para bases búlgaras. A intenção é ampliar a capacidade de defesa ao mesmo tempo que mantém um equilibrio do cenário de tensões. Um deslocamento maior de caças poderá ser visto como hostil por Moscou, ajudando a deteriorar as relações já estremecidas entre o Ocidente e a Rússia.
#NATO is a defensive Alliance & our deployments are proportionate & in line w/intl commitments.
— Oana Lungescu (@NATOpress) January 7, 2022
We enhanced our forward presence in the eastern part of the Alliance in 2016, w/4 multinational battlegroups 🇪🇪🇱🇻🇱🇹🇵🇱 in response to #Russia’s aggressive actions against #Ukraine
⤵️ pic.twitter.com/8OFc3oIvRX
O principal país da Otan, os Estados Unidos, está considerando aumentar a presença na parte oriental da aliança.
A tensão entre a Ucrânia e a Rússia está cada vez maior. Existe um temor mundial da Rússia invadir a Ucrânia, um cenário já visto como uma provável realidade. Já o Kremlin nega qualquer ação, mas demonstra desgosto com a entrada do país vizinho na Otan.
O receio de Moscou é que com a entrada da Ucrânia na organização militar o país possa ter acesso a armas que podem colocar a soberania russa em risco.
A Força Aeroespacial da Rússia dispõe de vários modelos de aeronaves,entre eles os caças furtivos Su-57 | Foto: Divulgação
Na região fronteiriça entre os dois países existem cerca de 100 mil soldados e diversos veículos militares. O governo russo, liderado por Vladimir Putin, alega que os militares estão em um grande treinamento com a aliada Bielorrússia.
A Ucrânia está recebendo apoio de nações da Otan e na semana passada aeronaves C-17 da Royal Air Force, a força aérea do ReinoUnido, pousaram no país carregados de armamentos, inclusive de mísseis antitanque.
Os Estados Unidos podem enviar grande efetivos de militares para a região da Europa Oriental, em virtude as tensões.
Ainda não foi confirmado pelo presidente Joe Biden tal envio de militares, mas a ação pode envolver cerca de mil a 5 mil tropas para regiões do leste europeu e do báltico, contudo, nada foi comentado sobre o envio de soldados diretamente para a Ucrânia, até pelo motivo que o país ainda não faz parte da Otan.
Outra iniciativa dos Estados Unidos foi a redução de pessoal na embaixada dos EUA em Kiev, capital da Ucrânia, bem como o envio de mais armamentos, neste domingo (23) aos ucranianos.
Por André Magalhães
Publicado em 24/01/2022, às 16h10 - Atualizado às 20h02
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