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Grande tensão

Aviões ingleses levam mísseis à Ucrânia em meio a iminente invasão da Rússia

Tensão entre a Rússia e os países membros da Otan estão cada vez maiores


Reino Unido, Catar, Kuwait, Emirados Árabes, Índia e Austrália são os únicos países fora os EUA que operam o C-17 Globemaster III | Foto: RAF

Os aviões cargueiros C-17 Globemaster III, da RAF, a força áerea britânica, transportaram até à Ucrânia uma carga de mísseis antitanques Nawls, de produção britânica e sueca. As aeronaves pousaram no aeroporto internacional de Boryspil, nos arredores da capital ucraniana, Kiev, ontem.

O translado aconteceu de forma direta entre o Reino Unido e a Ucrânia, mas não passou pela Alemanha, o que é comum neste tipo de voo. A medida levantou especulações que o governo alemão impediu os sobrevoos dos C-17 ingleses com a carga de armamento para a Ucrânia.

Contudo, tais especulações foram negadas por ambos os países. A Alemanha deixou claro que os britânicos não solicitaram nenhuma permissão para o sobrevoo sob seu território. A rota das aeronaves seguiu por fora passando pelo Mar do Norte, Mar Báltico, passando pela Polônia e,por fim, a Ucrânia.

A chegada dos mísseis acontece em meio as crescentes tensões entre a Ucrânia e Rússia. Ainda que oficialmente Moscou negue qualquer intenção imediata de invadir o vizinho, os países lembros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e os Estados Unidos acreditam que existe o risco de uma guerra no curto prazo. O temor de uma invasão iminente de militares russos ao território ucraniano está cada vez maior.

Do lado russo milhares de soldados e veículos militares estão sendo deslocados para a fronteira próxima da Ucrânia. Segundo Moscou, o motivo da movimentação são exercícios com a Bielorrússia, país aliado do Kremlin.

Saiba mais...

A Rússia teme que a Ucrânia tenha acesso a armas da Otan que, dependendo do tipo, poderia atingir Moscou em questão de minutos. Além disso, por mais de uma ocasião o presidente russo, Vladmir Putin, alertou que não está disposto aceitar o ingresso da Ucrânia na Otan, como ocorreu com diversos outros países do antigo bloco soviético. O receio é um aumento da pressão Ocidental sobre as ambições russas, especialmente ligados a questão comercial.

Já a União Europeia e os Estados Unidos desconfiam dos planos do atual governo Putin, que pode usar a Ucrânica como pretexto para solucionar uma série de questões políticas e econômicas. Há vários anos a Rússia tem destacado seu interesse na posição estratégia ucraniana.

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Por André Magalhães
Publicado em 20/01/2022, às 17h00 - Atualizado às 19h01


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