Divisão de engenharia avançada da Williams F1 desenvolverá poltronas até 4 kg mais leves
A British Airways se une com a escuderia Williams para desenvolver assentos da classe executiva e da econômica premium até 4 kg mais leves. O objetivo é obter um assento mais leve, que permitirá reduzir o peso total da aeronave e consequentemente o custo operacional de cada voo.
Segundo a companhia, uma eventual redução de 4kg em todos os assentos da classe executiva do Airbus A350 permitirá diminuir anualmente em US$ 16.300 o gasto com combustível e 78.500 kg as emissões de CO₂, que multiplicado em uma frota com dezenas de aeronaves implica em uma considerável redução de custos financeiros e ambientais.
O projeto de pesquisa será conduzido por um consórcio formado pela empresa aérea britânica, a Williams Advanced Engineering – divisão de engenharia avançada da equipe de Fórmula 1, a JPA Design e SWS Certification, com apoio da Airbus e financiamento do Aerospace Technology Institute (ATI). O programa terá uma duração total de até 18 meses e um custo estimado de £ 1,4 milhões (R$ 7,5 milhões).
O consórcio prevê ingressar no mercado de interior de aeronaves, avaliado em mais de US$ 14,6 bilhões globalmente. Inicialmente o projeto se concentrará nos assentos da classe executiva, que além de estruturalmente mais pesados, possuem a tendência de atrair maiores investimentos em inovação e maior interesse do mercado.
O estudo prevê que os novos assentos possam ser instalados em toda a gama de produtos da Airbus, incluindo o regional A220 e o gigante A380, mas o foco será na família A320, que anualmente representa a maior fatia de produção e entregada do fabricante europeu. Além disso, a família A320neo tem expandido seu alcance, permitindo as empresas aéreas explorarem novos serviços na classe executiva. O mercado de assentos de classe executiva apenas na família A320 é estimado em 1.000 unidades por ano.
Edmundo Ubiratan | Imagem: Divulgação
Publicado em 27/09/2019, às 16h00 - Atualizado às 16h36
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