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Valentão de baixo custo

Super Tucano disputa contrato milionário nos Estados Unidos

Força aérea norte-americana busca aeronave de ataque leve capaz de atender amplo leque de missões


A-29 Super Tucano é oferecido pela Sierra Nevada, parceria da Embraer nos Estados Unidos

Os principais fabricantes de aeronaves de ataque leve devem ampliar a disputa pelo contrato com o Pentágono para fornecer um novo lote de aviões ao Special Operations Command (SOCOM). Os militares norte-americanos planejam adquirir até 75 aeronaves do tipo no período de cinco a sete anos, tendo inclusive solicitado um adicional de US$ 106 milhões para o ano fiscal de 2021.

Atualmente os principais competidores do programa são a Sierra Nevada, com o A-29 Super Tucano; a Textron Aviation com o AT-6 Wolverine; a Air Tractor-L3 Tecnologies com o AT-802L Longsword; e finalmente a Leidos com o Bronco II.

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Os fabricantes estão submetendo as aeronaves em uma competição trifásica de overwatch armada que deverá ser concluída em novembro, com demonstrações de voo reais. Atualmente o governo dos Estados Unidos já encomendou um lote inicial dos A-29 Super Tucano, que estão sendo empregados no Afeganistão, e os AT-6 Wolverine.

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A força aérea dos Estados Unidos busca obter uma plataforma eficaz para missões especiais, com foco em ataque ao solo e suporte aéreo, que alie elevada capacidade de combate com baixo custo de aquisição e operação. Os aviões devem ser prioritariamente utilizados pelos Estados Unidos e países aliados, em operações de combate a grupos terroristas e narcotraficantes.

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O SOCOM busca ampliar o escopo de uso desse tipo de aeronaves, passando a realizar missões de apoio aéreo aproximado; inteligência armada; vigilância e reconhecimento; e controle aéreo da linha da frente. Ainda que modelos avançados como os caças F-35 e F/A-18E, assim como o avião de ataque A-10 tenham plenas capacidades para atender todas as missões, são aeronaves mais caras e complexas, exigindo maior suporte operacional e consequentemente elevando os custos. As aeronaves não tripuladas também têm sido amplamente utilizadas, mas seus custos ainda superam os aviões de ataque leve em análise. A expectativa é que o vencedor seja conhecido no final de 2020 ou no ínicio do ano seguinte.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 16/05/2020, às 11h30 - Atualizado em 18/05/2020, às 12h20


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