Míssil hipersônico pode ter sido lançado contra à Ucrânia a partir de um caça MiG - 31K Foxhound
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que utilizou pela primeira vez um míssil hipersônico contra um armazém militar da Ucrânia. O alvo foi uma grande instalação subterrânea de armazenamento de mísseis e demais armamentos, que é situado na região de Ivano-Frankovsk, a oeste da Ucrânia.
Não se sabe ao certo qual armamento russo foi utilizado, mas é bem provável que seja o míssil Kinzhal que é lançado a partir de aeronaves militares como o caça-interceptador MiG-31K Foxhound e o bombardeiro Tu-22M3M.
O Kinzhal é um míssil hipersônico que tem um alcance de quase 2.000km. O ponto de destaque desta arma é sua alta velocidade (10 vezes a velocidade do som) e o seu poder de fogo, podendo levar ogivas nucleares de até 500 quilotons.
Antes do conflito entre a Rússia e a Ucrânia (que começou em fevereiro), um MiG-31K foi registrado pousando com um Kinzahal em Kalingrado – um enclave russo no Mar Báltico-, entre a fronteira da Polônia e Lituânia (Enclave é um território de uma nação cercado por outros países).
A Russian MiG-31K carrying a Kinzhal ballistic missile was spotted landing at the Kaliningrad Chkalovsk airbase on February 7.
— Status-6 (@Archer83Able) February 7, 2022
This a very unusual developyment. MiG-31s are not based there, furthermore this is a Kinzhal missile carrier.https://t.co/ViWYjcdkLdpic.twitter.com/xqvD5I9BJG
Nessa sexta-feira (18), a Rússia fez outro ataque envolvendo mísseis, o alvo foi um centro de manutenção de aviões na cidade de Liviv, local a poucos quilômetros da fronteira com a Polônia.
O conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia está em sua quinta semana e a investida russa sobre pontos estratégicos dos ucranianos continuam, ao mesmo tempo que autoridades russas e ucranianas se sentam à mesa para mais uma tentativa de acordo.
Algumas regiões já estão sob controle da Rússia, por exemplo, a usina nuclear de Chernobyl e a cidade de Kherson, além disso, Mariupol está cercada. Contudo, a capital Kiev e a grande cidade de Kharkiv ainda não foram ocupadas.
Entretanto, as forças da Ucrânia estão resistindo mais do que esperando e dificultando alguns avanços russos, principalmente na região norte.
Por causa da escalada do conflito, a Otan decidiu pela primeira vez ativar sua força de defesa, isso significa que militares da aliança vão ficar em alerta máximo e a presença das forças em países próximos à Ucrânia será ampliado, isso inclui aeronaves da organização na região.
Vale ressaltar que as forças da aliança não vão entrar no país, pois Kiev não faz parte da organização militar.
Porém, caso a Rússia avance contra uma nação membra, o artigo 5º será colocado em prática. Tal diretriz diz que “Qualquer ataque a um membro da Otan é um ataque a todos”. Isso iria escalar a guerra ainda mais e iria envolver diretamente as forças da organização (com os EUA liderando) e a Rússia, sendo que de ambos os lados existem armas nucleares.
Outra iniciativa é o fornecimento de armas ao governo ucraniano. Os Estados Unidos anunciaram no dia 16 uma ajuda militar à Ucrânia de US$ 800 milhões o que inclui o envio de várias armas.
Outros países da Otan anunciaram novas ajudas, a Eslováquia concordou em fornecer o sistema de defesa aérea S-300 (de fabricação russa) para os ucranianos. O S-300 pode destruir alvos a até 250km. Em troca, a Eslováquia deverá receber dos EUA sistemas de defesa aérea Patriot.
Por André Magalhães
Publicado em 19/03/2022, às 11h15
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