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Atrasos e problemas

Porta-aviões da Rússia ficará inativo até 2024

Porta-aviões russo Almirante Kuznetsov passa por manutenção e atualização


Rússia construiu e colcoou em serviço o Almirante Kuznetsov ainda nos tempos da Guerra Fria - Divulgação
Rússia construiu e colcoou em serviço o Almirante Kuznetsov ainda nos tempos da Guerra Fria - Divulgação

O porta-aviões da Rússia, Almirante Kuznetsov, o único do país, não deverá voltar aos mares antes de 2024. Isto devido a atrasos na manutenção do navio, que acumula uma série de problemas nos últimos anos.

De acordo com a agência estatal russa Tass, que citando uma fonte anônima, afirmou que "defeitos descobertos durante os trabalhos" devem atrasar ainda mais a modernização do porta-aviões.

Os planos é que com a manutenção que está sendo realizada, somada a atualização planejada, a embarcação permaneça em serviço ativo por mais 10 ou 15 anos.

O navio entrou em serviço em 1985, ainda no período soviético, e foi construído nos estaleiros Nikolayev, hoje parte da Ucrânia. Com o colapso da União Soviética, a marinha da Rússia ficou com o navio, que ainda hoje não acumula muitas missões no curríclo.

O porta-aviões Almirante Kuznetsov desloca 58.000 toneladas (para efeito de comparação, os porta-aviões dos Estados Unidos deslocam 100.000 toneladas) e podem embarcar ao todo 24 caças entre os Su-33 (versão naval do Su-27) e MiG-29K. Além disso, há espaço para seis helicópteros e para 12 grandes mísseis antinavio P-700 Granit .

O Almirante Kuznetsov já foi palco de dois incêncios graves, e um guindaste caiu no convés do navio danificando-o durante um outro processo de manutenção. Já em 2012, o navio quebrou na costa da França, necessitando ser rebocado.

Estes episódios renderam ao porta-aviões o título de "navio vergonha", apelido dado pelo ministério da Defesa do Reino Unido, em 2017. A Marinha da Rússia sofre há várias décadas com baixo orçamento e dificuldade de manutenção de suas capacidades. Um dos episódios mais coturbados e trágicos ocorreu em 2000, quando o submarino Kursk afundou após os torpedos na sua proa detonarem por um problema de vazamento de peróxido de hidrogênio. Os 118 tripulantes morreram após vários dias presos no submarino.

Entretanto, a Rússia tem planos de lançar um novo porta-aviões. A agência Tass publicou que a implementação do projeto está pronta para iniciar imediatamente. Contudo, não foram informados detalhes do projetos e nem datas.

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Por André Magalhães
Publicado em 20/06/2022, às 09h50


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