Pilotos da American Airlines terão seus contratos igualados com a Delta, que pagará salários 34% maiores
Uma semana após a Delta Air Lines ter chegado a um acordo para um expressivo reajuste salarial para seus pilotos, Robert Isom, CEO da American Airlines, propôs igualar os vencimentos de seus profissionais com os da concorrente.
Em um comunicado aos seus funcionários, Isom disse que o fato é “sem precedentes na história da negociação coletiva. (...) Esse acordo determinará a remuneração, os benefícios e a qualidade de vida dos pilotos em todo o resto da indústria. Isso significa algo extraordinário para os pilotos americanos.”
Ele afirmou ainda que a American está preparada para igualar não somente os salários, mas também a fórmula de participação nos lucros, conhecida no Brasil como Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Os pilotos receberiam uma média de 21% de aumento já no primeiro ano do novo contrato, chegando a 40% no quarto ano.
Na prática, um piloto de um widebody de alto escalão passaria a ganhar o equivalente a US$ 39.583 (R$ 205,5 mil) mensais e a participação nos lucros subiria dos atuais 5% para 10% e até para 20%. “Isso permitiria que você se juntasse aos pilotos da Delta como líderes do setor em remuneração, mas com mais melhorias de qualidade de vida exclusivas da American Airlines”, concluiu o CEO.
No início de março, a maioria dos pilotos da Delta Air Lines aprovaram um novo contrato que elevará os vencimentos em 34% nos próximos quatro anos, tornando-o mais atrativo para enfrentar a escassez de profissionais e uma forte demanda por viagens aéreas, que causaram sérios problemas durante a alta temporada de verão no hemisfério norte.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 08/03/2023, às 09h08
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