Pesquisa mostra necessidade de agilidade nos processos
O tempo gasto em processos de viagem dobrou durante a pandemia | Foto: Agência Brasil/José Cruz.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) anunciou os resultados mais recentes da chamada Pesquisa Global de Passageiros (GPS), que concluiu que os passageiros não querem mais perder filas em aeroportos e querem utilizar a identificação biométrica para agilizar os processos de viagem.
Mais de 13 mil pessoas em 186 países participaram da pesquisa, que mostrou uma expressiva alta no número de passageiros que estão dispostos a compartilhar dados biométricos. Em 2019, antes da pandemia de covid-19, eram 46%, agora são 73%. Quanto à disposição em compartilhar previamente informações sobre imigração, a porcentagem sobe para 88%.
Foi também verificada a necessidade de que a otimização das filas é uma importante necessidade, principalmente no controle de imigração. Mais de 85% dos passageiros desejam gastar menos de uma hora em processos no aeroporto viajando apenas com bagagem de mão ou com bagagem despachada. Antes da pandemia eram gastos em média 90 minutos nos processos de viagem (check-in, verificação de segurança, controle de fronteira, alfândega e retirada de bagagem). Agora, os dados indicam que são três horas no horário de pico, por conta da verificação das credenciais de saúde para viagens que são basicamente documentos em papel.
"Os passageiros responderam à pesquisa e querem usar tecnologias para passar menos tempo aguardando processos ou em filas. Eles estão dispostos a usar a biometria se essa tecnologia ajudar nesse sentido. Temos uma janela até que o tráfego volte a aumentar, com a oportunidade de garantir um retorno tranquilo às viagens após a pandemia e fornecer melhorias de longo prazo na eficiência para os passageiros, companhias aéreas, aeroportos e governos", disse o vice-presidente sênior de operações e segurança da Iata, Nick Careen.
Marcel Cardoso
Publicado em 17/11/2021, às 08h50 - Atualizado às 09h04
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