Após acordo com sindicato, Boeing dará aumento salarial e benefícios a funcionários que ameaçavam greve
A Boeinge o sindicato dos trabalhadores que representa 33.000 funcionários na Costa Oeste chegaram a um acordo preliminar para evitar a greve programada para a próxima sexta-feira (13).
O acordo ainda precisa da aprovação dos membros do sindicato em uma votação marcada para a véspera da data a qual estava previsto o movimento. A proposta inclui um aumento salarial de 25% ao longo de quatro anos, melhorias nas contribuições dos planos de aposentadoria e redução nos custos de seguro saúde. Segundo o sindicato, a negociação alcançou as principais metas da categoria.
O contrato também prevê maior segurança no emprego, com a promessa de que a nova aeronave da Boeing será construída em fábricas com trabalhadores sindicalizados na região de Puget Sound. Se a proposta for rejeitada pelos trabalhadores, uma greve será iniciada.
Em um comunicado, Stephanie Pope, CEO da unidade de aviões comerciais da Boeing, falou sobre os pontos discutidos com os representantes dos trabalhadores. "Ouvimos o que é importante para vocês neste novo contrato e chegamos a um acordo provisório com o sindicato sobre uma oferta histórica que cuidará de vocês e suas famílias", disse Pope.
Nos últimos anos, a Boeing enfrentou dificuldades financeiras, como a paralisação da produção do 737 MAX e a queda na receita durante a pandemia de covid-19. Desde 2019, a empresa acumula prejuízos operacionais de US$ 33,3 bilhões. Esse cenário aumentou a pressão para que a Boeing evitasse a greve e buscasse um acordo com o sindicato.
Por Micael Rocha
Publicado em 09/09/2024, às 07h08