A maioria dos funcionários da Boeing, em Seattle, aprovaram entrar em greve por melhores salários e condições de trabalho
A maioria de cerca de 30.000 funcionários da Boeing na região de Seattle, nos Estados Unidos, aprovaram ontem (17), em votação, entrar em greve, caso o fabricante não conceda um aumento salarial de 40%, nos próximos dias.
Esta é a primeira renegociação dos contratos de trabalho desde 2008. Além do reajuste, os trabalhadores pleiteiam melhorias nos planos de saúde e de previdência, além de estabilidade e da garantia que o próximo programa de aviões comerciais seja integralmente feito em solo norte-americano.
That’s not a baseball game.
— Machinists Union (@MachinistsUnion) July 18, 2024
That’s 99.9% of @IAM751 members telling Boeing they’re prepared to strike for the fair contract they’ve earned.
It’s up to us to fix this company. For passengers, workers and communities, that’s exactly what we’re going to do.#OurFutureOurFightpic.twitter.com/GcgGM7MB4Z
Em comunicado, Jon Holden, representante local da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), disse que os empregos, o legado e a reputação dos funcionários da Boeing estão em jogo. Já o fabricante disse: “Continuamos confiantes de que podemos chegar a um acordo que equilibre as necessidades de nossos funcionários e as realidades comerciais que enfrentamos como empresa".
O movimento acontece no momento em que a rival Airbus vem ganhado cada vez mais espaço no mercado aeroespacial, em meio a uma acentuada crise na Boeing, desencadeada com um incidente envolvendo um 737 MAX 9 da Alaska Airlines, em janeiro.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 18/07/2024, às 08h52
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