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Efeitos da suspensão dos voos

Pandemia coloca a gigante Virgin Atlantic próximo do abismo

Empresa inglesa negocia aporte emergencial de 1,2 bilhão de libras


Virgin Atlantic estava entre as principais empresas aéreas da Europa antes da crise

A inglesa Virgin Atlantic está negociando um resgate financeiro emergencial de até 1,2 bilhão de libras (R$ 8,18 bilhões) com três bancos e através de um acordo com a Delta Air Lines. A pandemia de covid-19 impactou violentamente nas contas da empresa, que era considerada uma das mais rentáveis da Europa.

A Virgin Atlantic deverá assinar nos próximos dias um acordo com a First Data, American Express e Cardnet, que garante o pagamento das passagens adquiridas através de seus sistemas de cartão de crédito. A companhia ainda trabalha para formalizar um empréstimo com o fundo de investimentos Davidson Kempner Capital Management, que poderá ceder uma linha de crédito de 200 milhões de libras (R$ 1,36 bilhão) através de um fundo de hedge.

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A Virgin Atlantic em apenas cinco meses saiu de uma empresa rentável para uma situação que a colocou a beira do colapso, forçando uma reestruturação dos negócios que incluí a saída do aeroporto de Gatwick, nos arredores de Londres, e a demissão de até 3.000 empregados que se tornaram redundantes após os cortes na malha e capacidade de transporte.

A expectativa é manter a empresa capaz de enfrentar os desafios dos próximos meses, permitindo assim a retomada do negócio e a geração de lucros já em 2022. Um dos temores do fundador da Virgin Atlantic, Sir Richard Branson, é que um colapso da empresa aérea leve ao desmoronamento do grupo Virgin, gerando um desemprego em massa, além de reduzir drasticamente a oferta de voos.

A companhia retomou suas operações no início do mês, ainda que em uma escala menor do que a existente antes da pandemia. O mercado acredita que a Virgin só retornará aos números existentes em 2019 em quatro ou cinco anos.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 14/07/2020, às 12h00 - Atualizado às 12h35


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