Entre os motivos para a Embraer suspender o desenvolvimento do novo turboélice é a falta de motores avançados
A falta de um motor realmente eficiente levou a Embraer suspender o desenvolvimento do seu turboélice regional. O projeto conhecido como NGTP, ou turboélice de nova geração, estava sendo projetado para atuar em um novo segmento de mercado, não atendido atualmente pelos bem-sucedidos ATR e os Dash 8.
Segundo o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, em coletiva realizada em São Paulo, afirmou que a falta de um propulsor de nova geração inviabilizou a continuidade do projeto. A Embraer mantinha conversas com a Rolls-Royce, que planeja uma nova classe de motores turboélices, e a Pratt & Whitey, mas as opções oferecidas não atendiam aos requisitos de projeto.
Um dos objetivos da Embraer era oferecer um avião turboélice comercial, com capacidade entre 70 e 90 lugares, com elevado desempenho, redução no consumo e menor emissão de poluentes e ruído. Além disso, o projeto previa o avião ter capacidade de no futuro receber eventuais motores elétricos ou híbridos.
Ao utilizar os atuais motores existente, ou derivados atualizados, a Embraer corre o risco de certificar o avião justamente quando surgir uma nova classe de propulsores turboélices, como por exemplo, movidos a hidrogênio.
Por ora, o programa deverá ficar suspenso até uma definição do tipo de motorização.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 29/03/2023, às 17h00
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