Número de acidentes fatais envolvendo aeronaves em instrução reduziu e apresentou melhora ao longo dos anos
Um estudo realizado nos Estados Unidos pela AOPA (Aircraft Owners and Pilots Association) e a Liberty University School of Aeronautics revelou que voos de instrução está se tornando mais segura no país, com uma redução de quase 50% nos acidentes fatais nas últimas duas décadas.
Os dados se concentraram em acidentes fatais em aviões a pistão e bimotores leves com menos de 500 cavalos de potência por motor. No estudo foram excluídas fatalidades com aeronaves estrangeiras, de construção amadora, esportivos leves, bimotores com mais de seis assentos e monomotores com potência superior a 500 hp.
No período entre 2000 e 2019 o estudo apontou 287 acidentes fatais. Desses, a perda de controle em voo relacionados a estol surgiu como a principal causa, sendo responsável por 54% das fatalidades. Colisões no ar e voos controlados contra o terreno (CFIT, na sigla em inglês) são respectivamente a segunda e terceira maiores causas.
“A boa notícia é que o treinamento de voo está ficando mais seguro”, disse Andrew Walton, o diretor de segurança da Liberty SOA . “Os esforços sustentados da FAA, do NTSB, dos fabricantes e das escolas resultaram numa taxa de ocorrências que é agora cerca de metade da que era no início do século”.
Em termos globais, o relatório observou uma redução na taxa de acidentes fatais em voo de instrução, que diminuiu de uma média de 0,49 por cem mil horas no início do século 21 para 0,26 nos últimos cinco anos do estudo.
Por Micael Rocha
Publicado em 27/02/2024, às 10h00
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