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Qual pintura usar?

Joe Biden deverá definir detalhes dos novos Air Force One

Encomendados por Donald Trump, os futuros aviões presidenciais dos EUA serão entregues para a atual gestão


Novo Air Force One dos EUA

Novo padrão de pintura dos Air Force One foi sugerido pelo então Presidente Trump

Um dos gestos mais simbólicos do então Presidente Donald Trump foi confirmar a compra dos novos aviões presidenciais dos Estados Unidos, baseados na plataforma do Boeing 747-8 Intercontinental.

Porém, além de não ter tido tempo de usufruir dos novos aviões, o Presidente Trump poderá ver seu esquema de pintura não ser adotado. O anuncio dos novos aviões veio acompanhado de um novo esquema de pintura, em tons mais escuros e destacando o nome dos Estados Unidos na fuselagem. O presidente Trump anunciou que a criação da nova pintura teria sido feita por ele mesmo. A proposta prevê um padrão mais sóbrio, substituindo o azul claro e linhas curvas atualmente utilizado.

Agora, segundo a Casa Branca, o Presidente Joe Biden não pensou nas cores que serão adotadas pelos novos aviões. “O presidente não perdeu um minuto pensando sobre o esquema de cores do Air Force One”, disse Jen Psaki, a porta-voz da Casa Branca em comunicado oficial no dia 22 de janeiro.

A troca da pintura foi considerada bastante polêmica, desagradando a ala mais conservadora que vê no esquema atual uma das mais fortes identidades da presidência dos Estados Unidos. Outra ala, acredita que a pintura é simples e não reflete o poder que o cargo representa para o país e nem para ao mundo.

Apresentação do VC-25B pelo presidente Trump

Apresentação da nova pintura feita pelo então Presidente Donald Trump

Conhecidos mundialmente como Air Force One, os jumbos ostentam uma das mais icônicas pinturas utilizadas por um avião oficial. Criada nos anos 1960, ainda para os Boeing 707 (VC-137C), a pintura em azul e branco se tornou uma das características mais marcantes dos aviões que atendem a presidência dos Estados Unidos. Aliás, o esquema é aplicado em toda a frota oficial, incluindo os Boeing 757 (C-32), 737 (C-40B) e Gulfstream G550 (C-37B).

Os novos aviões, designados como VC-25B, vão substituir os já veteranos VC-24A, os famosos 747-200B utilizados pelo governo norte-americanos desde 1990. A expectativa é que o primeiro avião seja finalizado em meados de 2024, iniciando na sequencia uma campanha de ensaios que poderá durar vários meses.

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Os dois 747-8 adquiridos pelos Estados Unidos foram construídos originalmente para a empresa aérea russa Transaero, que faliu em meados de 2015, antes mesmo dos aviões serem entregues. Ainda que estivessem parcialmente montados e configurados de acordo com as necessidades da companhia, os dois aviões foram finalizados e imediatamente enviados ao deserto, a espera de um futuro comprados.

VC-25A acumula 30 anos de serviço ativo

Atuais VC-25A foram entregue ao Governo dos Estados Unidos em 1990

Na ocasião o Governo dos Estados Unidos analisava a compra de dois 747-8 novos, que seriam convertidos para a missão presidência, com um contrato que poderia superar ao final aos US$ 6 bilhões. Entre as mudanças previstas estava a manutenção da capacidade de reabastecimento em voo existente nos atuais VC-25A. Contudo, o elevado custo para conversão, somado ao fato que os aviões jamais foram reabastecidos no ar com o presidente a bordo, levou a suspensão do requisito.

Ainda assim, as mudanças exigidas no projeto, como instalação de um interior que reproduz as capacidades básicas da Casa Branca, como salão oval, sala de crise, gabinete presidencial, suíte para o presidente, cozinha, sistemas de alerta e controle, defesa antiaérea, entre outros, levaram o custo final do projeto para US$ 5,2 bilhões. Na ocasião o Presidente Trump havia comemorado a redução no custo original ao escolher dois aviões já prontos.

O primeiro 747-8 iniciou o processo de modificação em fevereiro de 2020, após vários meses de projeto. Entre as mudanças mais significativas será a instalação de uma porta de acesso próxima ao porão do avião, um elevador especial, reforços estruturais, entre outros.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 25/01/2021, às 15h45 - Atualizado às 18h28


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