Testagem em massa para covid-19 é a principal aliada na recuperação da aviação
Aeroportos e empresas aéreas estão entre os mais afetados pelo fechamento de fronteiras
A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) fez um apelo urgente aos governos para que usem os testes de covid-19 em massa, com objetivo de reabrir fronteiras com segurança e restabelecer a conectividade global. A intenção é evitar o colapso sistêmico do setor aéreo, que não deverá ter condições de manter por muito mais tempo as condições atuais.
Tais medidas visam proteger os países de novos de novo casos de covid-19, bem como evitar uma crise de cortes de empregos no setor de viagens e turismo, garantindo que a estrutura crítica da aviação permaneça viável e capaz de sustentar os benefícios econômicos e sociais dos quais o mundo depende.
“A pandemia COVID-19 continua sendo uma crise existencial e os aeroportos, companhias aéreas e seus parceiros comerciais precisam de assistência financeira direta e rápida para proteger as operações e empregos essenciais”, disse o Diretor Geral Mundial da ACI, Luis Felipe de Oliveira.
Dados da IATA e do Grupo se Ação de Transporte Aéreo (ATAG, na sigla em inglês), revelam que mais de 46 milhões de empregos estão em risco devido à perda de conectividade causada pela crise do coronavírus.
Sendo 41,2 milhões apenas no setor de viagens e turismo, dependente direto da aviação, além dos 4,8 milhões de empregos distribuídos diretamente em aeroportos e companhias aéreas.
Segundo a IATA, a reabertura das fronteiras com segurança e sem quarentena depende de uma abordagem internacionalmente acordada entre as companhias aéreas e os aeroportos, seguindo rigidamente todos os regulamentos sanitários internacionais da Organização Mundial da Saúde, para que haja um impulso de toda a economia, tornando peça chave na reestruturação da receita para todo o setor aéreo.
Já para os governos locais, a IATA apela que seja fundamental o papel de proteger empregos e operações, não aumentar os níveis de dívidas e minimizar a inadimplência na dívida e as perdas de crédito.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 13/10/2020, às 15h00 - Atualizado às 16h49
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