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"Voos-fantasma"

Governos começam a reagir a novos voos sem passageiros

Bélgica pode dar início a uma flexibilização ainda maior do uso de slots


Airbus A350 da Lufthansa

Receio de perda de slots só não foi maior do que no início da pandemia de covid-19 | Foto: Divulgação

Como anunciado pelo CEO do Lufthansa Group, Carsten Spohr, no fim de dezembro, cerca de 18 mil voos de suas companhias aéreas, que poderiam ser cancelados por consequência do avanço da variante ômicron da covid-19, foram feitos vazios nos últimos dias, para evitar o risco de perda de slots (permissões para pouso e decolagens) em vários aeroportos europeus.

Na Bélgica, a Brussels Airlines fez três mil voos desta forma, o que chamou a atenção do governo local para rever as regras de concessão de pousos e decolagens em terminais do país. Antes da pandemia, as companhias aéreas deveriam operar voos em, ao menos, 80% de seus slots programados, caindo para 50%, no início de 2021.

Em entrevista ao jornal belga The Bulletin, o Ministro de Mobilidade da Bélgica, Georges Gilkinet, as regras são inviáveis do ponto de vista econômico e ecológico e o limite para manter esses slots deve ser ainda mais reduzido para dar mais flexibilidade às empresas aéreas.

Também no fim de dezembro, o Lufthansa Group anunciou o cancelamento de 33 mil voos nos meses de janeiro e fevereiro, o que foi um banho de água fria nas expectativas de aquecimento do mercado para 2022.

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Marcel Cardoso
Publicado em 10/01/2022, às 08h20 - Atualizado às 08h37


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