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Gol registra crescimento operacional e reduz dívida no primeiro semestre de 2025

Gol Linhas Aéreas cresce 22,9% em receita no segundo trimestre, mas vê prejuízo crescer quase 29% em seis meses


Gol anuncia resultados do 2T25 com superação de metas de desalavancagem - AERO Magazine/Edmundo Ubiratan
Gol anuncia resultados do 2T25 com superação de metas de desalavancagem - AERO Magazine/Edmundo Ubiratan

A Gol Linhas Aéreas divulgou hoje (15), os resultados financeiros do primeiro semestre de 2025, reportando prejuízo de R$ 155 milhões, alta de 28,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Gol encerrou o segundo trimestre com receita líquida de R$ 4,8 bilhões, alta de 22,9% em relação a 2024, impulsionada, entre outros fatores, pelo aumento de 19,2% na capacidade. Com a conclusão de sua reestruturação financeira sob o Chapter 11 nos EUA, houve a redução da alavancagem líquida de 5,7x para 3,7x e fortalecendo sua liquidez, que atingiu R$ 5,4 bilhões.

O trimestre marcou o retorno de vinte Boeing 737 à frota operacional, expansão de 62,1% na oferta internacional e crescimento de 13,3% no mercado doméstico. A taxa de ocupação (load factor) alcançou 82,1%, alta de 1,4 p.p. O transporte internacional de passageiros avançou 66,7% e o doméstico, 17,2%.

Todavia, os custos operacionais da Gol aumentaram 20,4%, pressionados pela desvalorização cambial, manutenção e depreciação, mas parcialmente compensados pelo ganho de escala.

As unidades Smiles e Gollog também cresceram: o clube de fidelidade ampliou a base de assinantes em 3,0% e o transporte em tonelada pela divisão de cargas avançou 14,2%. 

Mesmo com o resultado final desfavorável nos seis primeiros meses do ano, a Gol reforçou que está alinhada ao seu plano estratégico de cinco anos, com frota próxima à plena recuperação e foco em sustentabilidade, rentabilidade e expansão de malha.

“Nossos níveis de liquidez estão no caminho certo e nossa alavancagem líquida atual já é melhor do que o projetado para o final do ano. Neutralizando o impacto do câmbio na dívida, ainda estaríamos melhor do que o projetado”, comentou Celso Ferrer, CEO da Gol.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 15/08/2025, às 11h08


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