Gol reverte prejuízo e registra lucro de R$ 230,9 milhões no quarto trimestre de 2022, companhia obteve receita recorde
A Gol divulgou hoje (8), os resultados financeiros consolidados do quarto trimestre de 2022. A companhia aérea registrou lucro de R$ 230,9 milhões, revertendo prejuízo de R$ 2,8 bilhões um ano antes. Segundo fato relevante emitido pela empresa, o balanço foi publicado sem o parecer da auditoria, a divulgação dos números auditados será realizada no dia 28 de março.
Com a forte procura por viagens aéreas nos três utimos meses do ano passado, a receita líquida operacional foi de R$ 4,7 bilhões, a maior registrada pela Gol no período, alta de 61% em relação a 2021, e 24,3% maior que a obtida em 2019, ano pré-crise sanitária.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) recorrente foi de R$ 1,7 bilhão, frente os R$ 249 milhões registrados em 2021. No trimestre, a margem EBITDA recorrente foi de 24,7%.
A receita líquida por assento-quilômetro ofertado (RASK) evoluiu 25,3% para 41,5 centavos de reais. O yield médio por passageiro cresceu 24,8% para 48,2 centavos de reais, maior patamar da história da companhia.
Mesmo com o aumento do preço do combustível e a desvalorização do real frente o dólar, a Gol conseguiu reduzir seus custos operacionais em 12,3%, para R$ 4,09 bilhões. Os gastos com querosene de aviação (QAV), aumentaram 81%, totalizando R$ 1,8 bilhão.
Apesar dos bons números operacionais, a relação entre a dívida líquida e o EBITDA encerrou o ano em 9,5 vezes. A maior parte dos débitos da Gol são referentes aos arrendamentos de aeronaves.
A companhia encerrou o ano de 2022 com uma frota de 146 jatos da família 737, durante o trimestre encerrado em dezembro, a Gol adicionou uma nova aeronave Max 8, totalizando 38 aeronaves do modelo, o que representava 26% da frota. A utilização média diária dos 737 foi de 11,6 horas.
A capacidade medida em assento-quilômetro oferecido (ASK) cresceu 29%, enquanto a demanda em passageiro-quilômetro transportado pago (RPK) registrou alta de 25,1%, resultando em uma taxa de ocupação média de 80,1%, queda de 2,5 pontos percentuais.
A Gol transportou 7,8 milhões de passageiros no período, um aumento de 18,6% na comparação anual.
"Este ano foi marcado pelo retorno às operações normais em muitos aspectos. Focamos no controle de custos e no aumento de nossas margens, e nossos fortes resultados no quarto trimestre são evidências de que nossa abordagem está funcionando. A demanda dos Clientes continua a crescer, principalmente dos viajantes a negócios e 'bleisure'. No trimestre, também reativamos mais rotas de Congonhas e Santos Dumont para atender o segmento corporativo, importante fonte de continuidade do crescimento de receitas. Ao entrarmos em 2023, manteremos a consistência de nosso desempenho operacional e fortaleceremos nossa malha aérea com rotas que aumentem ainda mais nossos níveis de produtividade", diz Celso Ferrer, diretor-presidente da Gol Linhas Aéreas.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 08/03/2023, às 09h55
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