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Mais uma empresa azul

Fundador da Azul anuncia nova empresa aérea nos Estados Unidos

Breeze deverá focar suas operações em mercados secundários com voos diretos entre cidades de médio e pequeno porte


Imagem conceitual da pintura que será adotada pela Breeze Airlines

O fundador da Azul, David Neeleman, solicitou as autoridades norte-americanas autorização para iniciar mais uma companhia aérea, a quinta criada pelo empresário. O anuncio ocorre vinte anos após a criação da jetBlue e doze da fundação da Azul.

O empresário brasileiro, enradicado nos Estados Unidos, deu entrada na documentação junto ao Departamento de Transportes e a FAA, a agência de aviação civil norte-americana, para iniciar até o final do ano as operações com a Breeze. A empresa terá foco no mercado de baixo custo, mas focada em voos diretos entre cidades de pequeno e médio porte.

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A companhia surge com a proposta de explorar novos nichos de mercado, apostando em cidades secundárias que usualmente são conectadas apenas por conexão com grandes centros, sem opções de voos ponto a ponto.

"A Breeze fará serviço ininterrupto entre locais atualmente sem serviços significativos ou acessíveis", disse Neeleman, CEO e presidente da Breeze, em um comunicado à imprensa.

Novos Airbus A220 serão a base da futura frota da Breeze

Ao contrário da jetBlue que tem sua sede em Nova York, a Breeze terá suas operações centralizadas em Salt Lake City, a principal cidade do estado de Utah, no meio oeste dos Estados Unidos. Além da localização privilegiada em termos geográficos e climáticos, a cidade é famosa por ser a sede da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida como igreja Mórmon.

A escolha de Salt Lake é vista como estratégica, já que está próxima a grandes mercados, como a Califórnia, Colorado e Texas, mas dentro de uma área com pouca oferta de voos diretos entre cidades secundárias de médio porte.

Os Airbus A220 são configurados com fileiras de 5 assentos (2+3) e capacidade pode chegar aos 145 lugares 

Nas palavras do executivo “há um monte de ‘restos’ que as grandes deixaram”, se referindo ao número elevado de cidades com potencial de transporte aéreo, mas pouco servidas por empresas consolidadas ou, sem voos regulares.

“Hoje, estamos empolgados em apresentar planos para a companhia aérea mais bonita do mundo”, disse Neeleman. A empresa mantém a predominância da cor azul, como nas últimas empresas criadas pelo empresário, mas adotando um padrão visual mais moderno.

Originalmente a empresa foi designada como Moxy, um codinome provisório que chegou a ser cogitado como nome oficial. De acordo com Neeleman o nome inclusive por pouco não foi o escolhido para a jetBlue, em 1999. Contudo, recentemente a rede de hotéis Marriot adotou a marca Moxy em uma de suas redes de hotelaria. “Não acho que eles [Marriot] fossem necessariamente a favor de usarmos esse nome. Então, acabamos usando o novo nome”, explicou.

A nova companhia deverá utilizar inicialmente alguns Embraer 195 oriundos da Azul, assim como ocorreu com a empresa brasileira que começou suas operações com dois E190 recebidos da jetBlue, em 2008. Todavia, a frota da Breeze deverá ser composta no futuro pelos Airbus A220, configurados entre 130 e 140 assentos, ainda que a capacidade máxima seja de 145 lugares.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 07/02/2020, às 15h00 - Atualizado em 08/02/2020, às 15h13


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