FAA cria novas regras para proteger funcionários de fabricantes aeronáuticos em caso de denuncia de falhas
As autoridades dos Estados Unidos deverão ampliar as proteções legais para funcionários de fabricantes e fornecedores do setor aeroespacial visando evitar interferência no caso de reporte de falhas de projeto ou qualidade.
As atuais regras se aplicam aos engenheiros e técnicos designados pela FAA, a agência de aviação civil dos Estados Unidos, para revisar a segurança de projetos e de metodologias de construção de aeronaves. Com a proteção os funcionários poderão reportar imediatamente a autoridade aeronáutica qualquer inconformidade, inclusive eventuais interferências nos seus respectivos trabalhos.
A medida ocorre dentro da revisão de segurança promovida pela FAA após os graves problemas relacionados ao 737 MAX e na sequência das falhas de qualidade encontradas no processo de construção do 787.
Os funcionários da Boeing e de outros fabricantes receberão proteções adicionais contra a interferência da empresa, podendo enviar relatórios de segurança sem risco de serem punidos internamente. Caso exista quaisquer preocupações sobre uma possível ingerência o funcionário poderá relatar diretamente para a FAA e a qualquer momento.
Segundo a agência Bloomberg, a nova norma foi criada após alguns trabalhadores da Boeing, com a chamada Autorização de Designação da Organização (ODA, na sigla em inglês) da FAA, terem reportado pressão indevida durante o processo de auditoria em andamento.
Além de ampliar as proteções legais, a FAA também vai criar um painel para revisar as práticas de segurança dos fabricantes com programas de ODA. O painel é exigido pelo Congresso dos EUA e será composto por especialistas da NASA, FAA, sindicatos e especialistas independentes.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 13/09/2022, às 16h50
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