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Ameaça Invisível

Força aérea dos EUA confirmam volta do "avião invisível"

F-117 será utilizado em missões de treinamento de pilotos contra ameaças de aeronaves furtivas


F-117 Night Hawk

F-117 tem uma assinatura radar similar a uma moeda de dólar

A Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf, na sigla em inglês) confirmou que dois caças furtivos F-117 Nighthawk que voaram até a base aérea de Fresno, na Califórnia, serão utilizados em missões de treinamento de combate aéreo avançado.

Os aviões pousaram em Fresno, uma base da Guarda Aérea Nacional, em 13 de setembro, após vários anos de quase completa inatividade da frota de F-117. O famoso “caça invisível” estava oficialmente aposentado há mais de uma década, mas retornou as atividades para promover treinamento justamente contra seu maior trunfo, a furtividade.

Os pilotos de F-15, da 144ª Ala de Caça da Usaf vão realizar uma série de voos contra o F-117, aprendendo como identificar e combater aeronaves difíceis de serem detectadas no radar.

Os Estados Unidos que por vários anos tiveram a supremacia da tecnologia stealth agora tem na China e Rússia rivais com aeronaves com capacidade furtiva. A mudança no cenário da guerra aérea tornou necessário o treinamento contra uma ameaça invisível, algo que o F-177 pode simular com elevada precisão. A assinatura radar do veterano caça é inferior a uma moeda de dólar, ante os mais de 100 metros quadrados de um B-52, por exemplo.

“O treinamento contra forças integradas que incluem o F-117 desafiará e aguçará os pilotos, bem como aumentará a confiança nas táticas e sistemas necessários para defender nossa nação”, explicou Troy Havener, coronel da Força Aérea dos EUA e comandante da 144ª Ala de Caça.

O treinamento oferece novos desafios para pilotos e estrategistas, exigindo assim táticas avançadas de combate.

Atualmente a Usaf conta com 48 unidades do F-117 em seu arsenal, a maioria com plena capacidade de voo. Acredita-se que com o surgimento de novas aeronaves furtivas no mundo, os F-117 poderão se tornar novamente ativos, atuando como aviões agressor em treinamento militar nos Estados Unidos.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 22/09/2021, às 15h40 - Atualizado às 16h19


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