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Crise na Ucrânia

Fábrica da Antonov deverá ser bombardeada pelos russos

Ministério da Defesa da Rússia emitiu alerta avisando que vai atacar toda a indústria de defesa da Ucrânia


Antonov An-178, potencial rival do KC-390, contava com apenas um protótipo e quatro pedidos firmes - Antonov
Antonov An-178, potencial rival do KC-390, contava com apenas um protótipo e quatro pedidos firmes - Antonov

O complexo da Antonov poderá ser bombardeado nas próximas horas após o governo russo adicionar entre seus objetivos militares a completa destruição da capacidade industrial de defesa da Ucrânia.

O governo russo emitiu um alerta afirmando que uma série de ataques serão realizados ao complexo industrial e militar ucraniano. De acordo com o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, o general Igor Konashenkov, os alvos serão atingidos com armas de precisão e tem por objetivo cumprir o objetivo permitir a complexta desmilitarização da Ucrânia, visto o risco que ela representa ao povo russo.

O alerta realizado ontem (6) foi justificado como uma forma de evitar colocar em risco a vida de funcionários e moradores que vivem ao redor dos complexos industriais.

Todavia, o complexo de defesa ucraniano enfrenta há três décadas uma grave crise, com pouca capacidade de produção e quase nenhum projeto em desenvolvimento. A Antonov desde o final da União Soviética se tornou um pequeno fabricante, voltado basicamente para atender a demanda de peças de reposição da família An-124 e com alguns pequenos projetos de aeronaves, com destaque para o An-178, que tem o mesmo porte do brasileiro C-390, da Embraer, mas que obteve apenas quatro pedidos firmes. Já a família de jatos regionais An-148 e An-158, com capacidade entre 68 e 99 assentos, teve menos de 50 unidades produzidas. O turbo-hélice regional An-140 não atingiu os 40 aviões entregues. A Antonov ainda produz o LT-10, um veículo leve sobre trilhos, e alguns trólebus articulados.

Já do setor de defesa vinculado a estatal Ukroboronprom contam com capacidade de produção de veículos blindados, mísseis, entre outros.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 07/03/2022, às 13h15


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