Exercício preparou pilotos para operação em pistas críticas e curtas, comuns na região
Operação ocorreu em São Gabriel da Cachoeira, no extremo norte do Brasil
A Força Aérea Brasileira concluiu a segunda fase do Exercício Técnico Pista Crítica, voltado para treinamento de pilotos na operação em localidades remotas do país. Os Esquadrões de Transporte Aéreo Tracajá (1º ETA) e Cobra (7º ETA), localizados, respectivamente em Belém, no Pará; e em Manaus, realizam o exercício durante seis dias em São Gabriel da Cachoeira, uma das cidades mais isoladas do Brasil e de fundamental importância para o país.
A manobra sediada no Destacamento de Aeronáutica de São Gabriel da Cachoeira, Organização Militar da Força Aérea Brasileira localizada no extremo norte do Brasil, foi um complemento da primeira etapa, realizada em Boa Vista, Roraima, durante o mês de julho, totalizando mais de 800 treinamentos de pouso curto.
Cerca de sessenta tripulantes, entre pilotos e mecânicos de voo, receberam instruções para operar com o Cessna C-98 Caravan em missões de pousos e decolagens em pistas curtas localizadas nas cidades de Bonfim, Normandia, Surucucu, Uiramutã, Maturacá, Querari, Tunuí e Pari-Cachoeira, todas localizadas em Pelotões Especiais de Fronteiras do Exército Brasileiro.
“Após dois anos de implantação, tenho a certeza de que valeu a pena o esforço para realizar um Exercício nos mais distantes rincões da nossa Amazônia, onde superamos todas as dificuldades logísticas, operacionais e de comunicação e controle. Graças à reestruturação da Força, estamos entregando pilotos prontos para enfrentar as mais restritas pistas do Brasil”, disse o Lázaro de Andrade Stallone, tenente-coronel aviador e comandante do Esquadrão Tracajá.
A presença das forças armadas na região amazônica é vista como estratégica para a soberania nacional e tem ganhado maior destaque nos últimos anos. Ainda que seja um dos locais mais comentados pelos brasileiros, especialmente por sua riqueza natural e recentes casos de incêndios, a maior parte das cidades na Amazônia é desprovida de capacidade logística e de ligação com o restante do país. As pistas em geral são curtas e não-preparadas, exigindo um constante aperfeiçoamento técnico dos pilotos da FAB.
“A segunda fase do exercício ratifica a importância dos tripulantes se capacitarem em pistas críticas, possibilitando assim a continuidade da integração do território brasileiro”, ressaltou Rodrigo Fonseca da Silva Rosa, tenente-coronel aviador e Comandante do 7° ETA.
A FAB é o braço logístico dos pelotões de fronteira do Exército Brasileiro, fornecendo capacidade de transporte de suprimentos, militares e armamentos.
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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 16/11/2020, às 10h00 - Atualizado às 11h13
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