Investigadores avaliam se a falha no Falcon 9 foi provocada por ação deliberada de terceiros
Após a explosão do foguete Falcon 9 durante os testes para lançamento na plataforma de Cabo Canaveral no mês passado, uma série de inquéritos tiveram andamento. Um novo elemento foi adicionado às investigações sobre a explosão do foguete SpaceX, agora partindo para a possibilidade de uma sabotagem.
Citando fontes anônimas, o diário Washington Post afirma que a direção do projeto SpaceX indaga a possibilidade de a explosão ter sido criminal. A falha destruiu o foguete e sua carga, um satélite para serviços de internet para o Facebook.
De acordo com o jornal, a SpaceX mandou os investigadores a um edifício pertencente ao concorrente, United Launch Alliance, distante cerca de 1,5 km da plataforma de lançamento, após notar algo anormal nas fotos tiradas do vídeo que mostra o colapso do foguete que se rompeu em uma enorme bola de fogo.
Segundo Elon Musk, CEO da SpaceX, a investigação também está levando em conta fatos inusitados como um ruído misterioso ouvido pouco antes da explosão.
Por ora, as investigações concluíram que uma falha no sistema de hélio, utilizado para pressurizar o combustível durante o abastecimento, causou a explosão. Contudo, durante a fase inicial das análises dos dados não foi possível explicar o problema.
A força aérea dos estados unidos está auxiliando a SpaceX nas investigações. Um dos pontos polêmicos da teoria da SpaceX é o fato da rival United Launch Alliance ter sido por vários anos contratante exclusiva da NASA, força aérea e de clientes privavos. A SpaceX é a primeira concorrente de peso da rival, após vencer na justiça um processo contra a força aérea, afirmando que havia um monopólio nos lançamentos. O caso assim se torna digno de filmes de espionagem.
Ernesto Klotzel
Publicado em 04/10/2016, às 15h00 - Atualizado em 05/10/2016, às 11h22
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