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Efeitos da pandemia

Europa já cancelou mais de mil voos por falta de trabalhadores

Principais companhias da Europa cancelaram voos por falta de mão de obra na infraestrutura aeroportuária


O aeroporto de Heathrow, o principal do Reino Unido, é um dos mais afetados pela escassez de pessoal - Divulgação
O aeroporto de Heathrow, o principal do Reino Unido, é um dos mais afetados pela escassez de pessoal - Divulgação

As empresas aéreas da Europa já cancelaram mais de mil voos por falta de trabalhadores. O problema é um efeito direto das grandes demissões realizadas nos primeiros meses da pandemia.

A Lufthansa e a Eurowings vão cancelar mais de mil voos domésticos e internacionais de curta distância a partir dos aeroportos de Frankfurt (FRA) e Munique (MUC), na Alemanha, programados para julho, por conta da escassez de mão de obra no setor aéreo.

Os cancelamentos vão afetar partidas às sextas-feiras, sábados e domingos e representam 5% da capacidade planejada para o período. O Lufthansa Group informou que as contratações na infraestrutura aeroportuária não acompanharam a alta da demanda por viagens aéreas. 

Em nota, o grupo informou que fez o possível para tentar garantir as operações. "Toda a indústria da aviação, especialmente na Europa, está sofrendo com gargalos e escassez de pessoal. Isso está afetando aeroportos, serviços terrestres, controle de tráfego aéreo e companhias aéreas", complementou.

O problema não está restrito à Alemanha. No início de abril, AERO Magazine mostrou que centenas de voos foram cancelados também no Reino Unido, o maior mercado do velho continente. Apenas no aeroporto de Heathrow (LHR), o principal da região, a British Airways e a Easyjet tiveram que cancelar uma média de 80 voos por dia pelo mesmo motivo.

Na Holanda, a KLM suspendeu as vendas de passagens de voos a partir de Amsterdã por três dias, no fim de maio, por conta da superlotação do aeroporto de Schiphol (AMS). Os problemas, também relacionados à escassez de pessoal, fizeram com que a companhia recomendasse que os passageiros chegassem com quatro horas de antecedência ao terminal, no início desta semana.

Na última semana, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) demonstrou preocupação com o aumento dos cancelamentos de voos na alta temporada de verão do hemisfério norte e defendeu contratações mais céleres no setor.

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Marcel Cardoso
Publicado em 10/06/2022, às 08h50


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