Agência reguladora europeia aumentou em três toneladas o peso máximo de decolagem do A350-1000
Em documento regulatório publicado na semana passada, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação da União Europeia (EASA, na sigla em inglês), certificou os novos pesos máximos do Airbus A350-1000.
A autorização permite um aumento de três toneladas no peso máximo de decolagem (MTOW) da maior versão do A350, que agora pode decolar com 322 toneladas, permitindo que o avião aumente seu alcance em cerca de 180 milhas naúticas, ou 333 quilômetros.
A atualização garante maior segurança nos voos de ultra longo alcance do 'Project Sunrise' da companhia aérea australiana Qantas, que prevê utilizar o bimotor nos voos diretos de Sydney e Melbourne para New York e Londres, a partir do final de 2025.
A medida também pode impulsionar as vendas da aeronave de fuselagem larga da Airbus, permitindo a abertura de novas rotas ou uma configuração de alta densidade em rotas tronco, além de estender a vida útil dos motores Rolls Royce Trent XWB-97, que equipam o jato.
A Airbus diz que o alcance do A350-1000, com carga útil máxima de passageiros, agora é de 8.900 milhas náuticas, ou 16.482 quilômetros.
A empresa não informou se a alteração aumentará a capacidade da variante cargueira, embora tenha anunciado em junho passado um aumento de duas toneladas na capacidade de carga útil.
Lançado no final de 2021, o A350 poderá transportar 111 toneladas de carga paga, ao invés da projeção anterior de 109 toneladas.
Mais de 225 unidades do A350-100 foram vendidos desde sua entrada em serviço em 2018. A Qatar Airways é a maior operadora com 24 exemplares, seguida pela Cathay Pacific e British Airways, que possuem respectivamente 18 e 16 aviões ativos.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 03/11/2023, às 17h20
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