Jetblue apresentou queixa ao governo dos Estados Unidos contra redução dos voos em Schiphol, um dos maiores aeroportos do mundo
A companhia aérea Jetblue apresentou ontem (28), uma queixa ao governo dos Estados Unidos, contra a redução dos voos no aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, imposta pelo governo holandês.
No documento arquivado junto ao Departamento de Transportes norte-americano (DOT), a Jetblue diz que a medida viola o acordo bilateral firmado entre os Estados Unidos e União Europeia, e ameaça o fim dos voos da empresa em Amsterdã.
"A Holanda continua a violar os regulamentos da UE e o acordo de Céus Abertos EUA-UE ao exigir ilegalmente reduções de capacidade no aeroporto de Schiphol", diz a empresa.
A transportadora oferece dois voos diários para a capital holandesa, com saídas de Nova York e Boston, iniciadas respetivamente em agosto e setembro. Ambas são operadas com o Airbus A321LR.
O número de autorizações de pousos e decolagens, conhecidos como slots, em Schiphol será reduzido de 500.000 para 452.500 por ano, a partir de 2024.
A restrição pode ser retaliada pelas autoridades norte-americanas, em um mecanismo do acordo bilateral que permite restringir o acesso de companhias aéreas dos Países Baixos ao maior mercado de aviação do mundo.
Segundo o governo holandês, a medida é necessária para combater a poluição sonora e as emissões de dióxido de nitrôgenio. A decisão é uma é uma das mais rigorosas adotadas entre os membros da União Europeia.
Um grupo de companhias aéreas, liderado pela KLM, principal operadora do aeroporto, contesta a restrição em uma ação na justiça que tenta impedir o corte de voos. após perderem um recurso em junho passado.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) diz que a restrição resultará "em menos viajantes, perda de emprego e redução do investimento vindo para os Países Baixos."
Por Wesley Lichmann
Publicado em 29/09/2023, às 14h15
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