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Contestado judicialmente

Plano do governo holandês de reduzir voos em Amsterdã entrará em vigor em 2024

Governo holandês vai reduzir capacidade do aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, plano pretende combater poluição sonora e emissão de dióxido de nitrogênio


Schiphol é um dos 15 maiores aeroportos do mundo - Royal Schiphol Group
Schiphol é um dos 15 maiores aeroportos do mundo - Royal Schiphol Group

O governo holandês anunciou hoje (1), que dará continuidade ao plano de reduzir o número de voos no aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, um dos principais centros de conexões da Europa.

De acordo com o novo plano, o número de pousos e decolagens em Schiphol será reduzido de 500.000 para 452.500 por ano, a partir de novembro de 2024, ante proposta anterior que limitava a 440.000 operações anuais. A proibição prevista para aviões particulares também poderia ser revista.

Segundo o governo, a diminuição das operações é necessária para combater a poluição sonora e as emissões de dióxido de nitrôgenio.

Anunciada em fevereiro, a medida apoiada pela Royal Schiphol Group, administradora estatal do terminal aéreo, é uma das mais rigorosas adotadas entre os membros da União Europeia. A limitação enfreta forte oposição das companhias aéreas.

"Apoiamos totalmente o princípio de redução do incômodo para os residentes locais. Somos a favor de um novo sistema com limites claros de ruído e ambientais, no qual a aviação deve tornar-se mais limpa e silenciosa. Isto oferece perspectivas para os residentes locais e para o setor da aviação", diz a administradora de Schiphol.

Um grupo liderado pela KLM e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), contesta no Supremo Tribunal da Holanda o corte da capacidade no principal aeroporto da Holanda, após perderem um recurso em julho.

"Não é necessário reduzir drasticamente o número de movimentos de voo em Schiphol para reduzir os níveis de ruído. As metas de ruído podem ser alcançadas de uma forma melhor que beneficiaria realmente os residentes locais, o clima, as companhias aéreas e a economia holandesa", diz a KLM em comunicado.

"Achamos inconcebível que o ministro planeje demolir o que a KLM ajudou a construir ao longo de quase 104 anos", destaca a companhia aérea holandesa.

No acumulado de janeiro a junho deste ano, Schiphol movimentou 34.666.505 passageiros, alta de 19,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As operações totalizaram 247.163 voos, crescimento de 9,6% na comparação anual.

Schiphol movimentou 52.472.188 de passageiros em 2022, enquanto o número de pousos e decolagens no período totalizou 422.307 aeronaves, ocupando respectivamente a 13ª e 11ª entre os mais movimentados do mundo.

A IATA diz que "dentro de alguns meses, este governo não será responsável pelas graves consequências que poderão advir da decisão de Schiphol, especialmente no que diz respeito às relações com os parceiros comerciais dos Países Baixos, e à perda de empregos e de prosperidade a nível interno."

Por Wesley Lichmann
Publicado em 01/09/2023, às 13h00


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