Mísseis antirradar AGM-88 dos EUA estão sendo equipados para serem usados nos MiG-29 Fulcrum da Ucrânia
O Pentágono confirmo o fornecimento de modernos mísseis antirradar aos militares ucranianos, em mais uma ajuda bélica estimada em US$ 775 milhões (R$ 3,9 bilhões).
Analistas apontam que o envio atual incluiu os mísseis norte-americanos AGM-88, um dos mais avançados do mundo. Segundo o site War Zone, um alto funcionário do Pentágono disse que os mísseis estão sendo integrados com a ajuda dos norte-americanos nos caças MiG-29 da força aérea da Ucrânia.
Detalhes não foram passados por questões de segurança, apenas que realmente houve o envio de um novo lote de mísseis antirradar. Um dos questionamentos é em relação ao processo de integração das armas aos MiG-29. Apenas alguns modelos de caças ocidentais (Panavia Tornado ECR, F-16CM Block 50, F/A-18 e EA-18G), estão certificados para tal. A integração de armas é um processo longo, complexo e que exige mudanças consideráveis nos sistemas do avião.
Contudo, é possível que algum tipo de adaptação simplificada esteja sendo feita entre a interface ambos. Os mísseis AGM-88 podem destruir sistemas radares do inimigo, o que contribui para a quebra da cadeia estratégica da defesa aérea.
Há cerca de duas semanas, o subsecretário de Defesa dos EUA, Colin Kahl, havia confirmado o envio de armas antirradar a Kiev. Na sequência surgiram fotos de destroços de um míssil antirradar, que provavelmente teria sido um AGM-88, não detonado na Ucrânia.
Russian channels have posted images of what appear to be the remains of an AGM-88 HARM antiradiation missile. A fragment of the HARM’s BSU-60A/B stabilization fin can be seen in the wreckage.
— OSINTtechnical (@Osinttechnical) August 7, 2022
The missile was reportedly fired at a Russian position. pic.twitter.com/GCNA55CJdj
A Ucrânia opera poucas unidades do antigo MiG-29 Fulcrum e desde o começo da guerra, há cinco meses, solicita o fornecimento de mais caças. Contudo, embora haja a disponibilidade de envio de mais MiG-29, cedido por nações da Otan, até o momento apenas peças de reposição e armas foram enviadas.
Por André Magalhães
Publicado em 23/08/2022, às 08h25
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